
Cidade da Praia, 10 Dez (Inforpress) - A Associação de Estudantes do ISCEE apelou hoje ao Governo a criar uma bolsa de estudo completa para alunos vulneráveis, manifestação formalizada durante a apresentação do projecto ABRACE-ISCEE, que apoia estudantes com dificuldades no pagamento de propinas.
A Associação de Estudantes do Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais (ISCEE) apresentou hoje o projeto ABRACE-ISCEE, uma iniciativa voltada para apoiar estudantes que enfrentam dificuldades em pagar a propina e outras despesas académicas.
Na ocasião, a organização estudantil reforçou um apelo ao Governo para a criação de uma bolsa de estudo completa, não só para pagamentos de propinas, mas também subsídio de transporte e alimentação, destinada a alunos em situação de vulnerabilidade.
O presidente da associação de estudantes, Éder Tavares, explicou que o projecto surge da necessidade de dar resposta aos vários casos de estudantes que não conseguem acompanhar o ensino superior devido a limitações financeiras.
“O projecto visa apoiar os estudantes que não têm como pagar a mensalidade e também aqueles que desistem dos estudos por causa das condições finaceiras”, afirmou.
Tavares também realçou que os cursos pós-laborais agravam a situação, já que as aulas terminam depois das 21:00, quando já não há transporte público e que “os estudantes precisam apanhar táxi para ir para casa e o custo é mais elevado”.
Apesar de reconhecer as medidas já implementadas como aumento das bolsas, liquidação de dívidas antigas e criação de residências universitárias, Tavares agradece a iniciativa do Governo, mas reforça que ainda não é suficiente.
Por sua vez, o estudante Miguel Tavares elogiou o projecto afirmando que é “um bom projecto” já que muitos alunos com propinas em atrasos não conseguem aceder às notas devido a dívidas.
Exortou o Governo para que se faça mais e que há estudantes em todo o país com estas dificuldades.
Também a aluna Sara Ferreira fez um apelo directo ao Governo por considerar que “muitos jovens que desejam continuar os estudos, enfrentam limitações financeiras”.
CG/SR
Inforpress/Fim
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