Cidade da Praia, 05 Jul (Inforpress) – A ministra de Estado e da Defesa Nacional, Janine Lélis, afirmou hoje que a celebração dos 50 anos da independência “é para o povo” e visa reforçar “o sentido de patriotismo e a valorização da pátria”.
“Vamos viver Cabo Verde, vamos viver o orgulho que temos do nosso sentido de pertença e do país que todos temos ainda de carregar com energia e com força, para fazer mais e melhor”, declarou a ministra.
Janine Lélis fez estas considerações durante a cerimónia do desfile das “Forças de Segurança e Forças Vivas”, no âmbito das celebrações do 50.º aniversário da Independência Nacional.
A governante destacou que “50 anos de independência é uma celebração do povo” e que, após a sessão solene, “era igualmente importante levar um pouco da festa e da celebração para as ruas”.
“Optámos por o fazer através deste desfile, que inclui as Forças de Segurança, mas também as Forças Vivas da sociedade”, sublinhou, recordando ainda o programa cultural realizado no dia anterior, no Platô, com três palcos e diversos eventos pensados para abranger todas as gerações.
Segundo a ministra, o objetivo tem sido claro: envolver a população e transmitir a alegria e a felicidade de celebrar 50 anos de um processo de desenvolvimento, que apresentou os seus desafios e dificuldades, mas que conta com um povo confiante e preparado para enfrentar o futuro.
A titular da pasta da Defesa Nacional fez questão de reforçar que “a celebração popular representa o verdadeiro sentido de união” e que “a independência nacional é, acima de tudo, um momento de celebração do povo cabo-verdiano”.
Destacou ainda que este foi “o mote para a criação da Comissão Nacional, que foi instituída por lei” e que tem orientado “todas as celebrações que estamos a realizar”.
Questionada sobre os desafios das Forças Armadas, Janine Lélis foi clara ao afirmar que os desafios não são exclusivos das Forças Armadas, mas de todo o país. Acrescentou que, apesar do orgulho por Cabo Verde ser actualmente considerado um país de desenvolvimento médio-alto e de rendimento elevado, “a verdade é que ainda existem muitos desafios”.
Relativamente às Forças Armadas, salientou que “existem reformas em curso nesta legislatura, reformas muito importantes para a sua modernização e capacitação”.
Referindo-se à participação das Forças Vivas no desfile, a ministra explicou que a intenção do Governo foi “trazer a sociedade para mostrar um pouco da nossa cultura às entidades presentes no desfile”.
“Mostrar um pouco daquilo que é a Tabanca, mostrar um pouco do que é o nosso Carnaval e envolver as pessoas”, destacou.
Por fim, a governante deixou uma mensagem de união nacional, apelando a que se viva Cabo Verde com orgulho e com sentido de pertença.
No dia 04 de Julho de 1975, os 56 deputados eleitos a 30 de Junho, representando os 24 círculos eleitorais do país, reuniram-se pelas 16:30 no Salão Nobre da Câmara Municipal da Praia.
Nessa sessão, além do texto da proclamação da República de Cabo Verde, foi aprovada, por unanimidade, a Lei da Organização Política do Estado (LOPE) que atribuiu a Amílcar Cabral o título de Fundador da Nacionalidade.
A Independência Nacional foi proclamada no dia 05 de Julho de 1975 pelo presidente da Assembleia Nacional Popular, Abílio Duarte, no Estádio da Várzea, na cidade da Praia".
JBR/CP
Inforpress/Fim
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