Ilha do Sal: Comando da 2ª Região Militar termina com sucesso formação em arbitragem de futebol

Espargos, 13 Abr (Inforpress) - O Comando da 2ª Região Militar, em parceria com o Conselho Nacional de Arbitragem e a Associação de arbitragem do Sal, concluíram hoje, com sucesso, uma formação em arbitragem de futebol administrada a militares e guardas prisionais.

A formação, que contou com a participação de 27 formandos, entre militares e guardas prisionais, dos quais 24 receberam hoje o seu diploma, decorreu de quatro de Março a 13 de Abril, visando certificar novos árbitros de futebol na ilha.

A iniciativa, que nasceu no seio do Comando da 2ª Região Militar, visa, essencialmente, aproveitar as competências existentes no comando, caso do instrutor técnico, formador e árbitro internacional, António Rodrigues, quem também iniciou a sua carreira de arbitragem no seio das forças armadas e quer incentivar os mais jovens a seguirem os mesmos passos.

“Essa ideia surgiu porque foi nas Forças Armadas que iniciei a minha carreira de árbitro e tenho notado que dentro desta instituição temos várias pessoas com potencialidade que pode ser desenvolvido e fazer muito melhor daquilo que tem sido feito. Foi uma experiência muito boa que esperamos que o comando e a federação voltem a trazer mais iniciativas do tipo”, explicou o formador António Rodrigues”.

Conforme a mesma fonte, esses 24 novos árbitros vão contribuir consideravelmente para o futebol nacional, já que se tem notado uma fraca adesão de pessoas por esta área.

“Arbitragem é uma área que sabemos que nem todas as pessoas querem abraçar pelas suas dificuldades que acarreta, mas nesses 24 formandos, temos esperança que pelo menos metade deles vão engrenar na arbitragem e darão um contributo a nível nacional, já que estes jovens vão ser distribuídos pelas outras ilhas”, continuou.

Questionado sobre o porquê de não haver mulheres no seio dos formandos, António Rodrigues esclareceu que “o projecto foi lançado a nível do comando, sem restrições, mas que inscreveram aqueles que de alguma forma pretendem seguir carreira nesta área”, concluiu.

Para o presidente do Conselho Nacional de Arbitragem, Álvaro Eliseu Cardoso, a marca da Federação Cabo-verdiana de Futebol é a parceria com outras instituições, quer desportivas quer não, e tendo o comando apresentado o projecto, foi logo abraçado por acreditarem que dará frutos que servirá a nível de todo país.

“O Comando da Segunda Região Militar recebe jovens de todos os cantos do país, e tendo oportunidade de os formar, podemos ter árbitros em todas as regiões desportivas do país”, explicou.

Romário Rodrigues, oficial das forças armadas, foi um dos formandos desta acção de capacitação e disse que já tem planos para aproveitar os conhecimentos adquiridos na formação, “iniciando com estágios nos torneios que se realizam na ilha”, mas garante que a ambição é muito maior.

NA/ZS

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