IEFP quer apostar na formação “on job” para aumentar eficiência e impulsionar motivação (c/áudio)

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IEFP quer apostar na formação “on job” para aumentar eficiência e impulsionar motivação  (c/áudio)
17/04/25 - 05:44 pm

Cidade da Praia, 17 Abr (Inforpress) – O presidente do IEFP, Paulo Santos, quer apostar na formação “on job” (em exercício), dentro das empresas, para permitir às pessoas melhorar as suas habilidades profissionais específicas sem se afastarem do local de trabalho.

O presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) manifestou essa intenção durante uma entrevista à Inforpress, reiterando que investir na formação interna nas empresas é uma “solução eficaz” para os colaboradores de empresas que não conseguem fazer o seu treinamento ou aperfeiçoamento profissional fora do local de trabalho.

Este método, segundo a mesma fonte, permitirá melhorar as habilidades específicas sem as pessoas se afastarem do local de laboração, estimulando, ao mesmo tempo, um ambiente mais positivo.

“Nós temos de continuar a fazer o nosso papel de inovar, fazer ajustamentos e auscultar. Não podemos continuar sempre com a mesma coisa. Por exemplo, no Sal, uma das reclamações dos operadores é as pessoas, colaboradores dentro dos hotéis sem formação, não conseguirem sair para fazer uma formação. Então temos de levar a formação “on job”, ou seja, formação para dentro da empresa”, esclareceu.

“Mudar o modelo da formação, o modelo ‘dual’, que envolve ter um percentual muito alto da parte prática dentro do ambiente empresarial. Temos falado muito no modelo ‘dual’ de formação que é muito praticado, por exemplo, no norte da Europa, Alemanha, que tem um impacto enorme no mercado de trabalho. Temos de inovar, disso eu não tenho dúvidas”, comentou, observando, entretanto, que as empresas têm de ajustar as suas políticas.

Isto é, explicou, sair do modelo tradicional, em Cabo Verde, para o modelo mais voltado para a criação de valor, em que outros aspectos são levados em consideração, designadamente, a qualificação, investimento nas pessoas, a inovação, entre outros.

“Então, há um processo aqui de crescimento, também de novas políticas públicas para dar resposta a todo esse desafio. É por isso que nós estamos, neste momento, neste processo, a auscultar, a fazer cimeiras, essas cimeiras do financiamento jovem… um palco, precisamente para isso. Para ouvir a juventude, para reajustarmos a nossa política”, precisou.

Neste sentido, Paulo Santos acrescentou que a missão é criar instrumentos para que a juventude possa aproveitar da melhor forma as oportunidades que são oferecidas pelo país.

“Penso que aliando a inovação, tanto na política pública, tanto no sector produtivo, porque o sector privado tem um papel determinante na inovação, na aplicação dos modelos de gestão, no crescimento dos negócios… aliando, portanto, essas duas coisas, penso que poderemos dar um bom combate, criando, assim, boas condições para que o cabo-verdiano tenha boas condições de trabalho cá”, manifestou.

Isso pensando na “cultura aventureira” do povo cabo-verdiano em querer sair para fora do país, à procura de novas oportunidades e de novos horizontes, situação que “ninguém” vai conseguir controlar, mormente agora que a mobilidade laboral está mais facilitada.

“Do meu ponto de vista, penso que há boas perspectivas para Cabo Verde, para a juventude de Cabo Verde. Há muitas oportunidades que devem ser agarradas. Estamos a fazer o nosso papel, inovando, reformulando as políticas públicas para atender a esta juventude que é muito exigente”, comentou aquele responsável, destacando, por outro lado, a importância do Observatório do Mercado de Trabalho que, conforme salientou, tem funcionado “muito bem”.

Almejando fazer do país um centro de formação de excelência, Paulo Santos prevê a abertura de um centro de formação em Porto Novo, Santo Antão, criando, assim, oportunidades para os jovens daquele município, à semelhança do que já existe em Ponta do Sol.

SC/HF

Inforpress/Fim

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