Fundo Global pode diminuir em 30% o financiamento doado a Cabo Verde para dar combate ao VIH/Sida, tuberculose e malária

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Fundo Global pode diminuir em 30% o financiamento doado a Cabo Verde para dar combate ao VIH/Sida, tuberculose e malária
26/11/25 - 12:45 pm

Cidade da Praia, 26 Nov (Inforpress) – O Fundo Global poderá disponibilizar um orçamento com menos 30 por cento (%) do valor habitual para financiar os programas de combate ao VIH/Sida, tuberculose e malária em Cabo Verde, disse hoje o ministro da Saúde.

A informação, avançada à imprensa pelo ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, à margem da abertura do atelier de sensibilização sobre o Programa Nacional de Luta contra o VIH, a tuberculose e a malária, revela ainda que Cabo Verde, diante do grupo da África relativamente à tuberculose, é o país com melhor prestação.

Face à diminuição do financiamento, o governante esclareceu ainda que tal acontece por causa das alterações últimas e a saída dos Estados Unidos no financiamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) que afectou o Fundo Global.

“O atelier servirá para se discutir a percentagem de cerca de 30%, mas são dados para serem confirmados, mas o Fundo Global reconhece a importância de Cade Verde no cumprimento das metas e estamos muito bem colocados relativamente a essas três doenças de controle“, afirmou, explicando por outro lado, que o Fundo Global está a fazer tudo para não reduzir substancialmente o fluxo.

Quanto à diminuição e erradicação das doenças financiadas pelo Fundo Global, Jorge Figueiredo, realçou que Cabo Verde, quanto à tuberculose, está à frente dos grupos da África com melhor prestação com uma redução de 2015 a 2024 de cerca de 24% da morbidade e 36% da mortalidade.

Relativamente ao paludismo, referiu-se aos ganhos com a entrega do certificado de país sem paludismo em 2024, e ao trabalho que vem sendo feito para que o arquipélago não perca este certificado.

“Neste momento temos cento e tal casos de paludismo, estamos a trabalhar para que no próximo ano continuemos com o certificado e o que exige é a reorganização, uma luta permanente de acção, no sentido de evitar e solicitar a contribuição de todos para que possamos sair vitoriosos”, ressaltou.

Já no que respeita ao HIV, o governante considerou a situação de “belíssima” já que o país vai concorrer à certificação da eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho.

O ministro da Saúde referiu ainda que através do Fundo Global, o país foi contemplado com um investimento na área dos gases medicinais, tendo os dois hospitais centrais uma fábrica de produção de gases medicinais que tem contribuído “positivamente”, do ponto de vista financeiro, na redução de gastos que são bastante significativos no tratamento dos pacientes.

Por todo este motivo, Jorge Figueiredo atribuiu ao ateliê a sua devida importância por permitir que as organizações não-governamentais, que são parceiros fundamentais em Cabo Verde, na implementação dos projectos do controle das infecções por HIV de mãe para filho, do HIV, da tuberculose e da malária.

Por sua vez a representante da OMS em Cabo Verde, manifestou o interesse da organização em continuar a apoiar o país a dar combate às doenças mencionadas pelo trabalho que tem desenvolvido e pelos ganhos conseguidos.

O encontro realizado no âmbito do fim do ciclo de apoio e de financiamento (2023/2025) do Fundo Global, vai analisar o investimento aplicado e reprogramar a recandidatura de Cabo Verde 2026/2028 para fazer frente a doenças como HIV-Sida, tuberculose e malária.

PC/HF

Inforpress/Fim

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