UE admite que todos querem paz, mas importa "maneira como acaba" a guerra na Ucrânia

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UE admite que todos querem paz, mas importa "maneira como acaba" a guerra na Ucrânia
26/11/25 - 02:29 pm

Bruxelas, 26 Nov (Inforpress) – A União Europeia (UE) admitiu hoje que todos “querem que a guerra acabe” na Ucrânia, mas avisou que "a maneira como acaba também tem de interessar”, rejeitando qualquer proposta que isente Moscovo de “obrigações a longo prazo”.

“Todos queremos que esta guerra acabe, mas a maneira como acaba também tem de interessar”, disse a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, em conferência de imprensa, em Bruxelas, no final de uma reunião ministerial extraordinária por videoconferência.

Kaja Kallas insistiu que para a União Europeia, “têm de haver obrigações do lado da Rússia para haver paz” e que essas obrigações “têm de ser a longo prazo”, para evitar que o Kremlin decida voltar a invadir a Ucrânia ou qualquer outro país.

No plano de paz apresentado pelo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, “não há qualquer conceção por parte da Rússia”, advogou a alta representante da UE para a diplomacia, considerando que, pelo contrário, Moscovo “pede mais do que aquilo que já tirou”.

“A longo prazo tem de haver obrigações, por exemplo, [a Rússia] tem de honrar as obrigações que já existiam, nomeadamente não atacar mais ninguém, podemos começar por aí”, comentou Kaja Kallas, ex-primeira-ministra da Estónia.

Questionada sobre as declarações do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, que considerou que a guerra podia acabar até ao final do ano, Kaja Kallas rejeitou essa ideia, respondendo que até hoje “não há quaisquer indicações disso por parte da Rússia”.

“Há zero indicações de que a Rússia queira parar esta guerra”, sustentou.

Kaja Kallas também aludiu à possibilidade de mais invasões russas, uma vez que o Kremlin reforçou o investimento na área da defesa e a alta representante da UE para a Política de Segurança considerou que nenhum país faz um investimento destes sem pensar no que pode fazer com o que investiu nesse domínio.

Inforpress/Lusa

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