São Filipe, 20 Jul (Inforpress) – A cooperação entre São Filipe e Palmela vai ser fortalecida e forçada com a identificação de novas áreas de intervenção pela missão do município português de Palmela que está de visita a São Filipe.
O reforço da cooperação iniciada na década de 90 entre os dois municípios foi admitido pela vereadora da Cultura, Turismo e Desenvolvimento Rural, Lia Barbosa no acto da abertura de uma formação para artesãos e artistas plásticos patrocinada pelo município de Palmela.
O responsável da missão, Joaquim Carapeto, que representa três instituições, nomeadamente o município de Palmela, a Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal (Adrepal) e a empresa Adrepes, disse que vai aproveitar as suas competências tripartida para discutir os projectos que podem colaborar no quadro definido pelas linhas gerais do protocolo de cooperação e geminação entre São Filipe e Palmela.
Segundo o mesmo, alguns projectos estão a avançar no terreno, sobretudo nas áreas da educação, urbanismo, infraestruturas, mas o objectivo é trabalhar outras áreas como a pesca e o desenvolvimento global da chamada economia azul.
Joaquim Carapeto, que se reuniu com a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) e com as cooperativas de pesca de São Filipe e Salinas, que foram contempladas com embarcações de pesca e equipamentos pelo município de São Filipe, destacou a possibilidade de cooperação na área de formação de modo a poder expandir o mercado de consumo e ter na ordem do dia a segurança alimentar, cuidado com a qualidade do pescado, congelação e garantir a confiança entre o produtor e o consumidor.
Outras áreas, além da pesca, que no quadro da cooperação existente, podem vir a ser trabalhadas, Joaquim Carapeto apontou a educação, o enoturismo, a área cultural e o desenvolvimento do turismo.
“Outra área que me interessava particularmente, enquanto presidente da Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal, é a questão da Agência de Desenvolvimento Regional e o papel que desempenha na lógica do planeamento e ordenamento do território”, afirmou.
A vereadora da Cultura, Lia Barbosa, referiu que no domínio da pesca, a edilidade traçou uma política que visa transformar o sector da pesca e nesta perspectiva ajudou a constituir duas cooperativas de pesca, uma em São Felipe e outra em Salinas com os pescadores de São Jorge, Campanas e Ponta Verde.
Há dois anos, afirmou, a câmara disponibilizou embarcação de pesca e os equipamentos às cooperativas, mas elas estão com algumas dificuldades e aquando da visita, no ano passado, de uma missão de São Filipe a Palmela foi analisada a possibilidade da Adrepal vir a apoiar estas cooperativas.
“A pesca, agricultura, pecuária e o enoturismo foram tratados na visita como aspectos a desenvolver”, disse Lia Barbosa, que acrescentou que no quadro da formação Joaquim Carapeto está a aproveitar a estada para reunir não só com a Associação de Desenvolvimento Regional, mas com as cooperativas de pesca.
O propósito é ver as dificuldades e formas de ajudá-las a dar o salto que se quer e passar de uma pesca de subsistência para uma pesca que dê resultados e lucros aos pescadores e a toda a cadeia envolvida.
JR/CP
Inforpress/Fim
Partilhar