Fogo: São Filipe ambiciona ser um “museu vivo e uma cidade com historia” e novo conceito de turismo cultural – Nuías Silva

São Filipe, 21 Mai (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal de São Filipe apresentou hoje uma visão ambiciosa para o futuro da cidade, que passa pela transformação da malha urbana do centro histórico num “museu vivo e uma cidade com historia”.

A proposta de Nuías Silva foi avançada durante a apresentação do projecto de reabilitação do Museu de São Filipe, desenvolvido em parceria com os Ministérios da Cultura e do Turismo e a ambição do autarca é porque, segundo explicou, “cada rua, sobrado, beco e monumento da cidade conta a história viva da ilha do Fogo e da própria cidade de São Filipe”.

"Mais importante do que quem faz ou de onde vem o dinheiro, é que seja feito", afirmou Nuías Silva que advoga a parceria com o Ministério da Cultura para marcar um ponto de viragem no roteiro turístico-cultural da ilha.

A ideia, segundo o mesmo, é que o museu funcione como ponto de partida, um “laboratório” onde os visitantes possam adquirir uma compreensão geral da história local antes de explorarem, “in loco”, os diversos pontos vivos da cidade.

“Queremos que o turista caminhe pela cidade e viva o museu que é São Filipe. Cada beco, cada sobrado, cada espaço desta cidade conta uma história que dificilmente seria replicada num único edifício. Por isso, o museu será a porta de entrada, e a cidade será o próprio conteúdo”, explicou o presidente.

A proposta está alinhada com as novas tendências internacionais de turismo cultural e imersivo e ganha ainda mais relevância pelo facto de São Filipe integrar a lista indicativa da UNESCO.

Nuías Silva expressou esperança de que a cidade venha a ser reconhecida, à semelhança da Cidade Velha, como Património Mundial, o que impulsionará, não apenas o turismo, mas também a preservação das tradições locais.

O presidente também defendeu a necessidade de catalogar e integrar os circuitos festivos e religiosos da cidade, como a romaria das bandeiras de São Filipe, mas também a rota turística-cultural e religiosa, capaz de enriquecer ainda mais a oferta patrimonial da ilha.

O uso de tecnologias como a georreferenciação será fundamental no processo de transformar a malha urbana num museu vivo referiu o edil para quem a ideia é permitir que os visitantes façam percursos guiados e interactivos por todo o centro histórico, transformando a experiência turística num verdadeiro mergulho na memória e identidade cultural da ilha do Fogo.

“Existe este desafio e vamos trabalhar nele nos próximos anos. A cidade de São Filipe tem tudo para se tornar um modelo inovador de turismo cultural, onde o passado e o presente se encontram em cada esquina”, concluiu Nuías Silva.

JR/HF

Inforpress/Fim