
São Filipe, 21 Nov (Inforpress) - A cidade de São Filipe acolhe nas instalações da Casa das Bandeiras a nona itinerância da segunda edição da grande feira do livro de Cabo Verde, cuja abertura foi presidida pelo edil Nuías Silvas.
A feira do livro, retomada em 2024 pelo Ministério da Cultura, através do Instituto da Biblioteca Nacional, continua a expandir-se pelo país e, este ano, integrou mais três municípios que não faziam parte do circuito.
Na sessão de abertura da feira de São Filipe, que acontece depois dos Mosteiros, o edil de São Filipe, Nuías Silva, celebrou o regresso do evento à cidade, sublinhando o seu impacto cultural.
“A feira do livro é um convite à reconexão com os hábitos de leitura e à descoberta de novos autores. São Filipe rima com cultura, e precisamos resgatar esses valores”, declarou o edil.
Nuías Silva disse esperar que a feira impulsione mais círculos de leitura, encontros em torno da literatura para conhecimento da história, foguense e cabo-verdiana, e a história universal.
Destacou o dinamismo cultural do município, que já conta com uma associação de escritores, e apontou que o seu município possui uma agenda cultural condizente com as suas condições, onde a arte, a cultura e a literatura ganham dimensões práticas.
Como exemplo indicou a realização anual da Semana d'Arte e a institucionalização de dois prémios literários, Dr. Teixeira de Sousa e Pedro Monteiro Cardoso.
Nuias Silva reforçou a necessidade de ampliar o acesso ao livro na ilha do Fogo e sugeriu que, além da parceria com a Casa das Bandeiras, a Casa da Memória possa tornar-se mais um ponto de venda e circulação de livros na cidade.
A presidente da Biblioteca Nacional, Matilde Santos, destacou a importância da iniciativa para democratizar o acesso ao livro e reforçar os hábitos de leitura.
Salientou ainda o contributo histórico da Ilha do Fogo para a literatura cabo-verdiana, lembrando nomes como Teixeira de Sousa e outros autores naturais de São Filipe.
Reforçou também o desejo de manter a colaboração com a Câmara Municipal, o Ministério da Educação e demais entidades locais para valorizar a produção literária.
JR/AA
Inforpress/Fim
Partilhar