António Costa revela que EUA apresentaram plano de paz para a Ucrânia sem falar com UE

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António Costa revela que EUA apresentaram plano de paz para a Ucrânia sem falar com UE
21/11/25 - 11:30 am

Bruxelas, 21 Nov (Inforpress) - O presidente do Conselho Europeu revelou hoje que Washington apresentou a proposta de plano de paz para a Ucrânia sem consultar a União Europeia (UE) e rejeitou qualquer ideia que recompense a Rússia pela invasão.

O presidente do Conselho Europeu revelou hoje que Washington apresentou a proposta de plano de paz para a Ucrânia sem consultar a União Europeia (UE) e rejeitou qualquer ideia que recompense a Rússia pela invasão.

"A UE não recebeu qualquer comunicação oficial do plano", disse António Costa, considerando, por isso, que "não tem sentido fazer mais comentários" sobre a proposta da Casa Branca para acabar com o conflito na Ucrânia.

Em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Joanesburgo, na África do Sul, presidente do Conselho Europeu e ex-primeiro-ministro de Portugal insistiu numa paz "justa e duradoura" na Ucrânia.

Na ótica da União Europeia, disse na quinta-feira a representante da diplomacia da UE, Kaja Kallas, essa paz não se coaduna com um plano que propõe recompensar Moscovo com o território que ocupou desde 24 de fevereiro de 2022 e a redução das Forças Armadas ucranianas.

Hoje, Ursula von der Leyen disse que a proposta apresentada pelo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, vai ser discutida pelos líderes dos países da UE e nas conversas à margem da cimeira das 20 maiores economias mundiais (G20), naquela cidade sul-africana.

Os dois representantes da União Europeia nesta reunião insistiram que o bloco político-económico europeu vai continuar ao lado da Ucrânia, coartando as capacidades militares da Rússia e apoiando económico-financeiramente o país invadido.

O Governo ucraniano anunciou na noite de quarta-feira que recebeu uma proposta de um plano de paz elaborada pelos EUA, que contempla a cedência de território à Rússia, nomeadamente as porções anexadas por Moscovo, e a redução do tamanho das Forças Armadas do país.

Inforpress/Lusa

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