Fogo: Nuias Silva defende estratégia integrada para impulsionar o turismo na ilha

São Filipe, 20 Mai (Inforpress) - O presidente da Câmara Municipal de São Filipe destacou hoje o “enorme potencial turístico” da ilha do Fogo durante a apresentação do decreto-lei que regula o alojamento complementar e a plataforma do Sistema de Gestão de Informação Turística.

Na sua intervenção, além de destacar a importância dos dois instrumentos para o desenvolvimento do sector do turismo, Nuias Silva afirmou que é necessário marcar "um antes e um depois no turismo da ilha", criando sinergias entre as câmaras, o governo (através do Instituto do Turismo) e os operadores.

"Temos diagnósticos e conversas, agora precisamos de acção prática de elaboração de um plano estratégico e operacional para transformar o Fogo num destino turístico de referência", disse o edil de São Filipe para quem actualmente, a ilha recebe menos de 30 mil turistas/ano, mas acredita que, com trabalho conjunto, é possível alcançar números semelhantes aos de Santo Antão, que já ultrapassa os 80 mil visitantes anuais.

“A nossa ambição é ir muito mais longe”, defendeu Nuias Silva salientando que o novo decreto de alojamento complementar visa regulamentar e certificar alojamentos locais, garantindo segurança e qualidade aos turistas e destacou o papel da diáspora nesse processo.

O autarca lembrou que “muitas habitações na ilha estão fechadas e podem ser transformadas em alojamentos turísticos certificados, em parceria com operadores”, e sublinhou que com o enquadramento legal, os turistas terão garantias ao reservar esses alojamentos complementares.

A nova plataforma do Sistema de Gestão de Informação Turística permitirá mapear dados essenciais para a gestão do destino, facilitando processos de licenciamento e incentivando parcerias entre municípios e operadores e adiantou que "a gestão eficiente depende de informação, e essa ferramenta será crucial para melhorar a oferta turística".

O presidente da câmara destacou ainda o potencial da ilha em áreas como turismo religioso e cultural (festividades da romaria, tradições locais), gastronomia (vinhos, queijos, doces típicos), turismo de natureza (montanha, biodiversidade, observação de baleias e golfinhos, pesca desportiva).

"Temos tudo para oferecer uma experiência única aos visitantes. Agora, precisamos unir forças para colocar o Fogo no mapa turístico de Cabo Verde", concluiu Nuias Silva, que referiu que o seu município pretende trabalhar em conjunto com a Associação dos Municípios do Fogo e da Brava, operadores económicos e o Instituto do Turismo para desenvolver “um verdadeiro plano estratégico e operacional” de turismo na ilha do Fogo e na Região de Fogo/Brava.

JR/CP

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