São Filipe, 07 Ago (Inforpress) - A embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA), Jennifer Adams, iniciou hoje a sua primeira visita oficial à ilha com deslocação a Pico Pires onde teve a oportunidade de conhecer o microprojecto de desenvolvimento comunitário.
Depois de ouvir a explicação sobre a filosofia do microprojecto financiado pela Embaixada dos Estados Unidos, através do presidente da Associação de Desenvolvimento do Fogo (Afosol) e de famílias beneficiárias, a diplomata elogiou o empenho das comunidades locais e o impacto positivo de iniciativas apoiadas por fundos americanos.
“É um prazer estar aqui na ilha do Fogo pela primeira vez como embaixadora. Foi muito gratificante encontrar as pessoas da comunidade, ver de perto as cidades e também estas áreas mais rurais, onde há pessoas que estão a tentar viver e que, por vezes, precisam de cooperação e ajuda”, afirmou Jennifer Adams.
Um dos microprojectos visitados foi desenvolvido para apoiar famílias que vivem da criação de animais como porcos e galinhas, permitindo o uso sustentável dos seus produtos, como a venda de ovos e leitões.
Segundo a embaixadora, o microprojecto tem mostrado “resultados visíveis e sustentáveis”, e afirmou que ouviu falar deste microprojecto, mas é a primeira vez que se encontra com as pessoas e vê que a actividade está a funcionar
Jennifer Adams acrescentou que apesar de a Administração Americana estar em transição, há expectativas de que no futuro possam ser financiados novos projectos comunitários.
“Esperamos poder continuar a ajudar outras comunidades”, disse a diplomata que sublinhou que durante a visita vai reunir-se com os presidentes das câmaras da ilha, nomeadamente Santa Catarina, São Filipe e Mosteiros para ouvir as suas perspectivas e ideias.
Igualmente estão programados três encontros com cidadãos americanos para auscultar as pessoas sobre as suas ideias e o que pensam sobre o que está acontecendo agora.
O presidente da direção da Associação de Desenvolvimento do Fogo (Afosol), Eugénio Veiga, explicou que o microprojecto tem origem comunitária e é voltado especialmente para apoiar as famílias mais carenciadas do meio rural.
“Desde o início é um projecto da comunidade, sob a liderança de uma pessoa, mas que serve a comunidade na sua totalidade”, explicou Eugénio Veiga, que adiantou que, embora o acompanhamento não seja diário, os resultados são animadores.
“Começaram com oito porcos, actualmente têm três, mas já abateram e venderam alguns. Também têm criado mais galinhas e vendem ovos diariamente. No início, produzia cerca de 30 ovos por dia, embora actualmente a produção tenha diminuído”, afirmou.
Eugénio Veiga reconheceu que o momento actual é de incerteza quanto ao financiamento de novos projectos, devido à mudança na política externa dos Estados Unidos, mas acredita que poderão surgir novas oportunidades de apoio internacional, através de outras embaixadas.
JR/AA
Inforpress/Fim
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