
São Filipe, 23 Out (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuias Silva, considerou hoje que o Fogo e Brava Innovation Lab é mais do que uma incubadora, mas um verdadeiro “hub” de transformação económica para as duas ilhas.
Nuías Silva, que é também presidente da Associação dos Municípios do Fogo e da Brava, anunciou ainda o arranque de uma nova etapa de desenvolvimento para a região, com a criação da incubadora.
O anúncio foi feito no encerramento do projecto conjunto envolvendo o sector privado na sala de negociação sobre a localização dos ODS e do lançamento do Fogo e Brava Innovation Lab.
Trata-se de um projecto que promete transformar o ecossistema de empreendedorismo local e impulsionar o crescimento sustentável das ilhas, adiantou.
De acordo com Nuías Silva, o nome do projecto reflecte a sua ambição, pois, explicou, “é muito mais do que uma incubadora, pretende-se que seja um verdadeiro hub de inovação”.
Enquanto as incubadoras tradicionais se concentram em apoiar ideias e negócios em fase inicial, o novo Laboratório de Inovação vai além disso e faz acompanhamento das empresas já estabelecidas, auxiliando-as a enfrentar novos desafios e a explorar novas oportunidades de mercado.
A iniciativa teve origem numa parceria com o PNUD e nasceu como o “Fogo Innovation Lab”, mas desde o início foi pensada para abranger toda a região Fogo/Brava, aproveitando o potencial empreendedor existente nas duas ilhas, referiu.
“É preciso transformar as potencialidades em oportunidades reais de mercado para os nossos jovens. A pobreza não se combate com assistencialismo, mas com formação, capacitação e criação de oportunidades”, destacou o autarca.
Nuías Silva sublinhou ainda a importância da mudança da mentalidade e do padrão de pensamento no país e defendeu a necessidade de se assumir mais riscos e aproveitar os ecossistemas criados, porque só assim se pode construir o futuro que se quer para Cabo Verde.
De acordo com o presidente, a incubadora já existe tanto conceitual quanto fisicamente, e já iniciou o processo de incubação de algumas ideias.
O objectivo agora é consolidar parcerias e transformar o projecto num centro de inovação regional, com foco em sectores-chave como o agronegócio, a transformação agroalimentar e a produção de bebidas licorosas, que podem fortalecer a cadeia turística e abastecer o mercado da diáspora.
O dirigente destacou ainda os desafios da região, como a mobilização de água para a agricultura, o financiamento para fábricas de transformação, o desencravamento de zonas de grande potencial agrícola e o desenvolvimento da cadeia de laticínios e mostrou-se confiante de que este é um desafio que está no auge da capacidade de superação.
“Acredito que haverá um antes e um depois do Fogo e Brava Innovation Lab e os resultados logo surgirão”, perspectivou.
JR/ZS
Inforpress/Fim
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