Fogo: Boa Música determinada em expandir Morna Fest a todos os município do país – Júlio do Rosário

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Fogo: Boa Música determinada em expandir Morna Fest a todos os município do país – Júlio do Rosário
08/12/24 - 12:15 pm

São Filipe, 08 Dez (Inforpress) – O objectivo da Boa Música, organizadora do festival “Morna Fest” é cobrir todos os municípios do país, disse na madrugada de domingo Júlio do Rosário no final da terceira edição do evento em São Filipe.

“O primeiro objectivo é levar Morna Fest a todas as ilhas e estão a faltar Maio e Boa Vista e o segundo passo é levar o festival a todos os municípios de Cabo Verde”, disse Júlio do Rosário que apontou que a nível do Fogo há interesse da câmara dos Mosteiros para receber o festival.

A Boa Música vai dialogar com todos os presidentes e vereadores de cultura para realizar o festival em todos os municípios. “Porque a morna é nossa e temos que valorizar o que é nosso para poder ser ainda muito mais valorizado lá fora porque hoje a morna é património imaterial da humanidade”, sustentou.

“Há a intenção de estender a programação para os três municípios, promovendo actividades nos Mosteiros, São Filipe e Santa Catarina durante um fim-de-semana”, disse Júlio do Rosário que lamentou o facto deste ano e por razões de última hora a organização ter sido obrigada a adiar a realização do festival na ilha Brava que no ano passado recebeu a primeira edição.

O Morna Fest vai na sua 11ª edição a nível nacional e foi realizada em São Filipe, pelo terceiro ano consecutivo e, segundo Júlio do Rosário, confirmou-se como um “evento de sucesso” dada a sua importância na valorização e promoção da morna, património imaterial da humanidade.

“Este ano marca a terceira vez que o festival é realizado em São Filipe, com o apoio estratégico da câmara municipal, cujo compromisso com o evento foi decisivo para sua realização”, afirmou o organizador Júlio do Rosário que destacou a satisfação do público com o elenco artístico seleccionado, criando uma atmosfera de celebração e reconhecimento cultural.

Júlio do Rosário disse que a parceria com a câmara de São Filipe é para continuar e destacou o compromisso do presidente da câmara em apoiar o festival enquanto estiver no cargo.

Além da expansão para outros municípios e ilhas, o Morna Fest pretende desenvolver projectos complementares, como workshops, actividades educacionais e acções sociais, fortalecendo o impacto cultural e comunitário do evento ao longo do ano.

A organização, referiu Júlio do Rosário, recebeu um convite de dois “grandes hotéis” para levar o festival à ilha do Sal, com propostas de uma semana de apresentações em diferentes hotéis e para o público de modo a dar mais visibilidade ao evento.

Sandra Horta, uma das artistas participantes e que actuou pela primeira vez na ilha do Fogo, descreveu a experiência como incrível e calorosa e com um público maravilhoso e espera voltar a actuar na ilha.

Tiolino, que igualmente participou pela primeira vez, elogiou o festival pela valorização da música tradicional e afirmou que “foi uma noite muito feliz, com um público fantástico que ama e aprecia a morna” e acrescentou que tem um álbum novo no mercado e que adoraria trazê-lo para apresentar na ilha do Fogo.

A terceira edição do Morna Fest em São Filipe contou com actuação de artistas como Bau Almeida, Toy Vieira, Dudu Araújo, Sandra Horta, Mário Marta, Tiolino (da ilha da Boa Vista), Jorge Sena, Sofia Andrade e Victor Lopes (estes três últimos naturais da ilha do Fogo).

Victor Lopes abriu o festival e Dudu Araújo foi o último a subir ao palco do Presídio, antes do elenco interpretar em conjunto uma música em homenagem à morna.

JR/ZS

Inforpress/Fim

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