Embaixador da Guiné-Bissau realça laços históricos e reforço da cooperação com Cabo Verde no 52.º aniversário da independência

Inicio | Cooperação
Embaixador da Guiné-Bissau realça laços históricos e reforço da cooperação com Cabo Verde no 52.º aniversário da independência
24/09/25 - 12:21 pm

Cidade da Praia, 24 Set (Inforpress) – O embaixador da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Ibraima Sanó, enalteceu hoje os laços históricos e a cooperação crescente entre Guiné-Bissau e Cabo Verde, ao celebrar os 52 anos da independência da Guiné-Bissau.

Durante a cerimónia de deposição de uma coroa de flores no memorial Amílcar Cabral, na cidade da Praia, o diplomata sublinhou que a data “é um dia histórico”, lembrando que a independência foi conquistada “com suor, sacrifício e sangue dos combatentes da liberdade da pátria”.

Questionado sobre o legado de Amílcar Cabral, Sanó recordou que o líder tinha dois grandes objectivos, nomeadamente, alcançar a independência e o desenvolvimento, assegurando que tanto a Guiné-Bissau como Cabo Verde estão “a caminho da concretização desse objectivo”.

“Hoje, mais do que nunca, a nossa cooperação está, cada vez mais, no mais alto patamar”, frisou o embaixador.

O diplomata salientou ainda que, apesar de um histórico marcado por instabilidade, a Guiné-Bissau tem vivido recentemente sinais de maior estabilidade política, elemento que considera essencial para o desenvolvimento.

O país prepara-se, aliás, para realizar eleições presidenciais a 23 de Novembro, processo que, segundo Ibraima Sanó, deverá “ser livre, transparente e justo”.

A Guiné-Bissau declarou, unilateralmente, a independência em 24 de Setembro de 1973, em Madina do Boé, sendo reconhecida por Portugal no ano seguinte, após a Revolução dos Cravos.

Amílcar Cabral, considerado o “pai das independências” da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, não chegou a ver o processo concluído, já que foi assassinado em Janeiro de 1973, em Conacri.

Apesar da separação política ocorrida em 1980, quando se dissolveu o projecto de unidade inicialmente conduzido pelo PAIGC, os dois Estados continuam a partilhar laços de cooperação diplomática, cultural e social.

O Memorial Amílcar Cabral, na cidade da Praia, escolhido para a cerimónia, é um espaço de referência na preservação da memória histórica e símbolo da luta comum que une a Guiné-Bissau e Cabo Verde.

As comemorações contaram com a presença de diplomatas, representantes da sociedade civil guineense e antigos combatentes.

KA/SR//HF

Inforpress/Fim 

 

Partilhar