São Filipe, 24 Set (Inforpress) – O presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva, efectua, no final deste mês, uma visita ao arquipélago dos Açores para assinatura de um protocolo na área de formação para profissionais do matadouro municipal.
O edil explicou que a visita com duração de três dias tem por objectivo assinatura de um protocolo que visa mobilizar a formação e preparação dos futuros profissionais do matadouro municipal que estará concluído em Dezembro, em matéria de abate de animais, utilização dos equipamentos tecnológicos que serão instalados no matadouro.
Além da questão da formação dos profissionais do matadouro, Nuías Silva vai aproveitar a deslocação para discutir e mobilizar parcerias para projectos estratégicos para o desenvolvimento sustentável e produtivo do município de São Filipe e da ilha do Fogo.
Depois de ter anunciado a aquisição de raças caprinos nas ilhas Canárias para a melhoria da raça a nível da ilha, que ainda não concretizou por ser um processo complexo, esta questão vai merecer atenção nesta visita aos Açores.
“Tivemos uma primeira abordagem que estava quase concretizada”, disse Nuías Silva, que reconheceu que o processo junto do Ministério do Ambiente foi “extremamente complexo” e a câmara está a trabalhar essa abordagem com Açores que é uma realidade próxima daquilo que é a realidade cabo-verdiana.
O objectivo é transformar a ilha num centro produtivo e de abastecimento, com foco no mercado interno e externo, através de mobilização de parceiros para implementar projectos que posicionam Fogo como um “polo competitivo” através do aproveitamento das vantagens comparativas em áreas como agroalimentar e pecuária.
"Queremos criar condições na área produtiva para que o Fogo se transforme em um verdadeiro centro de abastecimento de mercados e provavelmente no próximo mandato ter grandes investimentos industriais ou semi-industriais no sector primário, pesca, agricultura e pecuária, para potenciar os valores e vantagens comparativas da ilha”, disse Nuías Silva, para quem o foco é abastecer, não só o mercado nacional como da própria diáspora.
Segundo o autarca, a ilha do Fogo tem de se posicionar como um produtor certificado de produtos de alto valor para o mercado turístico e doméstico.
A proposta inclui, além da modernização da infra-estrutura produtiva, a certificação de produtos da ilha, destacou o edil, que sublinhou que a ideia é “agregar valor com produtos certificados, como licores, compotas e geleias 100% naturais, que atendam a mercados de alto valor, exigentes em qualidade e sustentabilidade".
JR/CP
Inforpress/Fim
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