Cidade da Praia, 21 Mai (Inforpress) – A coordenadora do departamento de estudos da Alta Autoridade para Imigração (AAI), Ângela Ramos, considerou hoje que a diversidade cultural tem de ser efectivamente respeitada e compreendida.
A também coordenadora para áreas de projectos, cooperação e relações internacionais falava à imprensa no âmbito da abertura do evento alusivo ao Dia da Diversidade Cultural assinalado hoje, promovido pela AAI.
A data, instituída pelas Nações Unidas, serve como momento de reflexão e celebração da riqueza cultural promovida pela mobilidade humana.
Em Cabo Verde, onde actualmente residem cerca de 11 mil estrangeiros e imigrantes de mais de 90 nacionalidades, conforme realçou, a diversidade cultural tornou-se parte integrante do tecido social, exigindo acções concretas de promoção, respeito e integração.
Sob o lema “Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento”, o evento, segundo esta responsável, remete para a reflexão sobre a importância da diversidade cultural, sobretudo a diversidade cultural associada ao contexto migratório.
“A ideia é exactamente a do diálogo, do intercâmbio social e cultural, do respeito e da compreensão mútua, do conhecimento dos valores culturais das mais de 90 nacionalidades que convivem em Cabo Verde”, afirmou.
Isto passa, segundo a mesma, pelo conhecimento e pela compreensão mútua de que a AAI pretende promover com acções de sensibilização, de informação e de promoção do conhecimento.
Conforme acrescentou, passa pela criação das demais medidas e políticas do Governo, como o reforço dos mecanismos de integração de imigrantes através de unidades locais para a imigração, de uma linha verde de informação aos imigrantes, de entre outras acções no terreno.
“Temos a consciência de que fazer chegar a informação correcta sobre os procedimentos de permanência no país, sobre o enquadramento legal para a obtenção dos títulos de residência, as questões relacionadas à promoção da diversidade cultural (…) são desafios que vamos encontrando e que nos permitem criar respostas que sejam as mais adequadas”, assinalou.
Por seu lado, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, em representação do ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, salientou a importância da construção do diálogo que permita a compreensão sobre a integração dos imigrantes em Cabo Verde.
“Nós somos, como sabemos, um país de emigração. Há cabo-verdianos espalhados pelos quatro cantos do mundo, temos também esta responsabilidade em integrar bem em Cabo Verde aqueles que escolhem o nosso país para trabalhar e para realizar o seu projecto de vida”, sustentou.
Sublinhou também que é neste sentido que o Governo tem implementado políticas para garantir uma imigração regular e controlada, para que os imigrantes que escolherem Cabo Verde para trabalhar e viver possam fazê-lo de forma digna.
ET/HF
Inforpress/Fim
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