Directora Nacional do Ambiente diz que prioridade é preservar e adaptar-se às mudanças climáticas

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Directora Nacional do Ambiente diz que prioridade é preservar e adaptar-se às mudanças climáticas
01/08/24 - 02:27 pm

Cidade da Praia, 01 Ago (Inforpress) – A directora Nacional do Ambiente, Ethel Rodrigues, apontou hoje que a prioridade do país é trabalhar para a conservação e preservação da biodiversidade de modo a adaptá-la para os efeitos das mudanças climáticas.

Ethel Rodrigues falava à imprensa, esta manhã, à margem do encontro de lançamento do Projecto de Apoio à Acção no Quadro Global para a Biodiversidade que visa, essencialmente, a adopção do novo Quadro Global para a Biodiversidade, alinhamento das metas nacionais, a actualização da estratégia nacional e do plano de acção para a biodiversidade.

O encontro, que reúne profissionais ligados ao sector do turismo, transporte, mar, academia e sociedade civil visa actualizar o Plano de Acção para a Biodiversidade que terá como foco a preservação, adaptação para a mitigação das mudanças climáticas.

Em representação do ministro da Agricultura e Ambiente, a directora adiantou que o plano nacional está em vigor até 2030, mas sublinhou que os efeitos das mudanças climáticas desafiam os países a adaptarem as suas estratégias para a conservação e utilização sustentável da biodiversidade.

Segundo avançou, o novo quadro global identifica 23 metas e o desafio do país é trabalhar no sentido de aumentar a prevalência da restituição da terra, dos ecossistemas, proteger e aumentar a percentagem da protecção dos ecossistemas marinhos e terrestres.

Afirmou que uma das metas a serem alcançadas até 2030 é 30% para o ecossistema marinho e 30% para o ecossistema terrestre e caberá ao país traçar e alinhar as suas metas dentro da sua realidade e prioridades.

“A nossa prioridade é, essencialmente, trabalhar na preservação, adaptação e mitigação das mudanças climáticas porque a perda da biodiversidade tem-se agravado, cada vez mais, a nível mundial e nós, sendo um país arquipelágico e saeliano, estamos sujeitos a fortes eventos externos de mudanças climáticas”, apontou.

Realçou que a ideia é trabalhar na conservação da biodiversidade com vista à adaptação e mitigação aos efeitos das mudanças climáticas.

No seu entender, torna-se urgente acelerar a acção em todos os sectores e na sociedade em direcção à realização dos objectivos e das metas do Quadro Global da Biodiversidade, incluindo medidas abrangentes para enfrentar as causas da perda da biodiversidade em todo o mundo, incluindo mudanças climáticas e poluição.

“Cabo Verde inicia hoje os trabalhos que visam a actualização da Estratégia Nacional do Plano de Acção para a Biodiversidade, à luz das metas mundiais e alinhar os seus objectivos e metas segundo as necessidades e prioridades do país, procurando a integração das metas de conservação da biodiversidade nas políticas e estratégias nacionais e de desenvolvimento nos sectores estados”, referiu.

O Ministério da Agricultura e Ambiente, através da Direcção Nacional do Ambiente, beneficiou deste projecto para iniciar o processo de actualização da sua Estratégia Nacional, de modo a ser participativo e dar a conhecer o projecto a todos os sectores-chave de modo a criar um espaço de discussão, recolha de toda informação relevante e contribuições para o alinhamento das metas nacionais ao Quadro Global da Biodiversidade.

Entretanto, avançou que o encontro reúne técnicos e profissionais dos sectores essenciais do desenvolvimento do país nomeadamente do turismo, transporte, mar, academia, investigadores e sociedade civil.

A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), estabelecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, está assente em três princípios fundamentais, nomeadamente a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos.

AV/HF

Inforpress/Fim

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