Cidade da Praia, 05 jun (Inforpress)- A Associação para a Defesa do Ambiente (ADAD), Januário Nascimento, pede a consciencialização de todos no combate à desertificação, considerando que deve haver um esforço conjunto para a protecção do meio ambiente.
Januário Nascimento falava em declarações à Inforpress, a propósito do Dia Mundial do Ambiente, assinalado esta quarta-feira, 05, centrado na restauração de terras, preservação da desertificação e na construção de resiliência, sob o lema “Nossa terra, nosso futuro, somos geração restauração”.
O presidente da associação ambiental considerou que todos fazem parte de uma geração, que é a primeira a testemunhar os “efeitos devastadores da degradação ambiental”, pelo que recomenda uma articulação de todos para alcançar os objetivos globais em matéria de clima e biodiversidade.
“A celebração desta data visa a promoção de acções para um futuro mais sustentável, isto é, podemos restaurar a terra, cultivando árvores e cultivos mais diversificados, evitando os poluentes e recuperar as fontes de água”, defendeu o presidente da ADAD.
Sublinhou, no entanto, que ainda há um “logo trabalho a ser feito”, enfatizando que uma restauração “bem-sucedida” de terras requer uma abordagem que utilize conhecimento, motivação e ambição de todos os intervenientes.
“Encorajamos as pessoas a plantarem árvores, a cuidarem dessas árvores e também a desenvolverem uma consciência ambiental, a começar em casa”, disse, reconhecendo que não é uma questão fácil, mas sim que exige “muita disciplina”.
O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 5 de Junho, foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à desertificação, até 40% das terras do planeta estão degradadas, afectando diretamente metade da população mundial e ameaçando cerca de metade do PIB (Produto Interno Bruto) global (US$ 44 trilhões).
Referindo ainda que o número e a duração das secas aumentaram em 29% desde 2000 e que sem uma acção urgente, as secas podem afectar mais de três quartos da população mundial até 2050, prejudicando aqueles que estão menos preparados para lidar com a situação, neste caso as comunidades rurais, pequenos agricultores e as pessoas vulneráveis.
As actividades da ADAD, segundo a mesma fonte, serão realizadas no município de Santa Cruz que, segundo o mesmo, tem sofrido com a salinização das terras e na Praia, no Liceu Domingos Ramos, que a seu ver tem contribuído “muito a favor do meio ambiente”.
OS/JMV
Inforpress/Fim
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