Cidade da Praia, 31 Jul (Inforpress) – Mulheres de diferentes nacionalidades africanas que vivem em Cabo Verde destacaram hoje, Dia Internacional da Mulher Africana, o sentimento de acolhimento que encontraram no país, apesar dos desafios diários do trabalho informal.
Em conversa com a Inforpress, várias entrevistadas, afirmaram sentir-se parte da sociedade cabo-verdiana, apesar dos desafios diários especialmente no trabalho informal, como venda ambulante.
“Cabo Verde acolheu-nos de braços abertos, as pessoas são respeitosas, e convivemos bem com os vizinhos” disse, Ramatulay Sadio, uma senegalesa residente em Cabo Verde há mais de 10 anos.
A maioria delas chegou ao país em busca de melhores condições de vida, e encontrou em Cabo Verde empatia e amizade, conforme relataram, e muitos aprendem o crioulo, e veem os filhos crescendo integrados na cultura local.
Contudo, segundo essas mulheres, “nem tudo é fácil”, algumas trabalham como vendedoras ambulantes, e relatam dificuldades com a fiscalização municipal.
“Apesar das dificuldades, sinto-me bem. Só precisamos deixar de ser perseguidos e ter mais apoio para trabalhar com dignidade”, acrescentou a guineense Mariama Cissé, que vive em Cabo Verde há 7 anos.
Por outro lado, mulheres cabo-verdianas também reflectiram sobre o significado da data, considerando que “ser mulher africana é ser batalhadora, lutadora, e isso é motivo de alegria e orgulho”, conforme manifestou Maria Cabral.
Acrescentou, no entanto, que ainda há muito a ser feito, sublinhando que as mulheres precisam ser mais valorizadas, e o país precisa combater de forma mais firme a violência baseada no género.
O Dia da Mulher Africana, celebrado a 31 de Julho, foi instituído em 1962, durante a Conferência das Mulheres Africanas em Dar-es-Salaam, Tanzânia, com o objectivo de homenagear as conquistas e a luta das mulheres africanas, além de promover a igualdade de género e o desenvolvimento social, económico e cultural do continente.
DV/ZS
Inforpress/Fim
Partilhar