Dengue: Delegado de Saúde de São Vicente afirma que não há casos autóctones na ilha (c/áudio)

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Dengue: Delegado de Saúde de São Vicente afirma que não há casos autóctones na ilha (c/áudio)
13/09/24 - 04:58 pm

Mindelo, 13 Set (Inforpress) – O delegado de Saúde de São Vicente assegurou hoje, no Mindelo, que, até ao momento, não estão confirmados casos autóctones de dengue na ilha, uma vez que os exames laboratoriais ainda não foram divulgados.

“Enquanto não existir um caso confirmado laboratorialmente, não podemos dizer que o caso é positivo”, disse Elísio Silva que não concorda com os parâmetros utilizados pelas autoridades nacionais de Saúde, cujo relatório avançou com 11 casos na ilha, mas disse estar ciente de que “as directrizes são para serem cumpridas”.

Como explicação, o responsável máximo da Saúde em São Vicente adiantou que até agora somente foram notificados oito casos suspeitos, na localidade de Salamansa, que foram submetidas a testes anti-corpos.

Os testes anti-corpos, continuou, deram positivo, mas quanto aos testes laboratoriais, cujas amostras foram enviadas à cidade da Praia, ainda não tiveram os resultados divulgados.

“Por isso, para mim ainda é muito cedo para se dizer que está a circular o vírus da dengue em São Vicente”, considerou Elísio Silva, que, em conversa com os parceiros, alertou para a possibilidade dessas informações afectarem o turismo, por exemplo.

Até agora, conforme a mesma fonte, estão confirmados dois casos, em São Vicente, mas de pessoas que vieram de outras ilhas já infectadas, entre estas um militar que veio da cidade da Praia e testou positivo após dois dias e se encontra hospitalizado.

A zona mais crítica em São Vicente é, asseverou, a de Salamansa, onde já se fez despistes à população e limpezas em diversos pontos, inclusive com pulverizações contra o mosquito.

“A nossa medida é tentar detectar se existe ou não o vírus a circular em São Vicente, então a Delegacia de Saúde já distribuiu testes antigénicos a todos os centros, as clínicas privadas e ao hospital para testarem as pessoas que apresentarem sintomas”, garantiu.

Mas mesmo assim disse ser sempre uma preocupação para a Delegacia de Saúde, quer sejam casos suspeitos, quer sejam casos confirmados.

Daí, o encontro realizado hoje na Delegacia de Saúde por forma a envolver todos os parceiros para a campanha de limpeza, marcada para o dia 21, na qual deseja a participação activa de toda a população, a fim de evitar a transmissão comunitária da dengue.

“É importante termos os nossos parceiros connosco, mas o mais importante é a participação da população, porque é cada pessoa que vai limpar a sua casa e a sua rua”, exortou.

A iniciativa tem a coordenação dos centros de saúde e da Câmara Municipal de São Vicente que, como disse o vereador do Saneamento, José Carlos da Luz, já começou a mobilizar todo o pessoal e meios para a sua efectivação.

Também, conforme a mesma fonte, a edilidade está a pedir o apoio das empresas parceiras com camiões e máquinas que possam ajudar nesta “tarefa difícil” de limpar a ilha de São Vicente.

Originário do continente africano, o Aedes aegypti, transmissor da dengue, é um mosquito doméstico que vive dentro ou ao redor das casas ou de outros locais frequentados por pessoas.

Põe seus ovos em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas de água descobertas, pratos sob vasos de plantas e bandejas de ar-condicionado, ou qualquer outro objecto que possa armazenar água.

LN/HF

Inforpress/Fim

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