Defesa Nacional deve estar pronta para reagir a crises de segurança tradicionais e desastres - director

Inicio | Política
Defesa Nacional deve estar pronta para reagir a crises de segurança tradicionais e desastres - director
06/11/25 - 02:12 pm

Cidade da Praia, 06 Nov (Inforpress) – A Defesa Nacional deve estar preparada não apenas para reagir a crises de segurança tradicionais, mas também para apoiar na resposta a desastres naturais, afirmou hoje o director Nacional da Defesa,  Elton Rocha.

Em entrevista à Inforpress, a propósito do Dia da Defesa Nacional, o responsável explicou que um vasto espaço marítimo sob jurisdição nacional exige uma vigilância permanente para garantir o controlo das águas territoriais e da Zona Económica Exclusiva (ZEE).

Segundo Elton Rocha, Cabo Verde enfrenta ameaças transnacionais, como pesca ilegal, tráfico de drogas e armas, e fenómenos climáticos extremos que exigem capacidade de resposta rápida e coordenada, com o reforço da vigilância marítima, ciberdefesa e cooperação internacional.

“Estas ameaças desafiam as capacidades operacionais dos Estados e exigem uma cooperação internacional cada vez mais estreita”, indicou, pontuando as crescentes mudanças climáticas e os seus impactos directos na segurança humana e ambiental. 

No plano da cooperação internacional, realçou parcerias com a União Europeia e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o papel estratégico do Centro Multinacional de Coordenação Marítima da Zona G, sediado na Praia, no combate à pirataria e outros crimes transnacionais.

O diretor Nacional da Defesa mencionou ainda que o Ministério da Defesa Nacional está a reforçar o recrutamento militar e a valorização do serviço militar obrigatório, ampliando o Programa Soldado Cidadão para incluir formação e qualificação profissional que promovam a empregabilidade e o desenvolvimento de competências dos jovens.

Segundo o director, o Programa Soldado Cidadão passa a incluir mais escolas e centros de formação profissional no Catálogo Nacional de Qualificações, garantindo que os cursos oferecidos estejam alinhados com as necessidades reais do país.

“Não se trata de melhorias, mas sim de um reforço e de investimentos contínuos, essenciais numa área que está em constante mudança e que é fundamental para o futuro do país. Neste momento, o Ministério está a trabalhar numa revisão profunda do modelo de recrutamento em Cabo Verde”, assegurou, salientando que o objetivo é criar mais incentivos e oportunidades para estes jovens.

A mesma fonte lembrou que a data foi instituída pela resolução n.º 14/2011, “para dar destaque ao empenho e dedicação de todos aqueles que, em diferentes áreas da vida nacional, contribuem para a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento de Cabo Verde”.

A mesma fonte indicou que o artigo 246.º da Constituição da República estabelece que “a Defesa Nacional é a ação coordenada de todas as energias e forças morais e materiais da Nação”, reforçando que não é apenas missão das Forças Armadas, mas responsabilidade de todos os cidadãos.

Salientou que 06 de Novembro simboliza o espírito de união, solidariedade e compromisso colectivo do povo cabo-verdiano, sendo mais do que uma efeméride militar.

O Ministério da Defesa Nacional, em parceria com as Forças Armadas de Cabo Verde, realiza durante este mês de Novembro um conjunto de actividades para assinalar o Dia da Defesa Nacional.

A efeméride é celebrada a 6 de Novembro, este ano sob o lema “Modernizar para servir a Defesa Nacional”.

LT/AA

Inforpress/Fim

Partilhar