Cidade da Praia, 19 Fev (Inforpress) – A cooperação luxemburguesa vai disponibilizar, ainda este ano, 5,2 milhões de euros (572 mil contos) para o eixo emprego e empregabilidade do Programa Indicativo de Cooperação “Desenvolvimento-Clima-Energia” Cabo Verde – Luxemburgo (2021-2025).
O montante foi avançado hoje pelo encarregado de negócios da Embaixada do Grão-Ducado de Luxemburgo em Cabo Verde, Thomas Barbancey, na abertura da reunião do Comité de Pilotagem, durante a qual foram feitas as apresentações dos resultados do ano 2023 e do Plano Operacional Anual de 2024 do Projecto de Apoio ao Desenvolvimento da Finança Inclusiva e do Programa Emprego e Empregabilidade.
O Programa Emprego e Empregabilidade, implementado pela Agência Lux Development, visa o aumento do número de emprego em Cabo Verde, dedicando especial atenção aos jovens NEET, ou seja, jovens que não se encontram a trabalhar, não estudam e não frequentam qualquer tipo de formação.
Thomas Barbancey adiantou que este ano, seguindo a lógica do reforço das capacidades, decidiu-se delegar a maior parte do financiamento do projecto às entidades parceiras para implementação das diferentes actividades.
“Neste sentido, do orçamento de cinco milhões e 200 mil euros para 2024, quatro milhões e meio serão inteiramente administrados pelas entidades nacionais, ou seja, pela Direcção-Geral do Emprego, pelo IEEP, pelo Fundo de Promoção do Emprego e Formação, pela Pró-empresa e pela Direcção-Geral da Inclusão, na mesma linha que foi feito em 2023”, explicou.
O diplomata luxemburguês, olhando para 2023, frisou que através do Fundo de Promoção Emprego e Formação foi possível beneficiar mais de 3000 mil pessoas com formação profissional de qualidade e certificada.
Contudo, disse esperar que com a anunciada entrada em funcionamento da contribuição do sector produtivo, o fundo seja ainda mais bem consolidado em 2024.
Thomas Barbancey demonstrou-se igualmente satisfeito com a implementação do Projecto de Apoio ao Desenvolvimento da Finança Inclusiva (PADFI), implementado pela ONG luxemburguesa ADA, com o objectivo de apoiar o aumento da inclusão financeira das populações vulneráveis em Cabo Verde, através da dinamização e consolidação das micro-finanças.
“O ano que passou foi de progressos nas realizações desse projecto. Algo que acompanha a dinâmica do sector que viu um aumento na ordem dos 17% da carteira de clientes só em 2023. Um dado especialmente motivador, se levarmos em conta que se trata de um sector recentemente integrado no sistema financeiro, isto é submetido a uma supervisão exigente do banco central. Estamos hoje perante um sector que se consolida e dá provas de sua robustez e resiliência”, argumentou.
De entre as acções previstas para 2024 o projecto PADFI dará continuidade ao estudo em curso para criação de um mecanismo de refinanciamento que caso seja operacionalizado será fulcral para assegurar que as Instituições de Micro-finanças não deixem de servir novos clientes por falta de financiamento.
Segundo o representante da cooperação luxemburguesa o projecto continuará a trabalhar directamente com as Instituições de Micro-finanças para que possam continuar a sua gestão, aumentar a sua carteira de clientes e a diversificar os produtos oferecidos.
“Esperamos que o plano proposto satisfaça, na medida do possível, as necessidades de apoio ao reforço do ecossistema das micro-finanas, incluindo a supervisão, a governação e a qualidade da oferta”, disse.
A reunião do Comité de Pilotagem Conjunto do Eixo Emprego e Empregabilidade do Programa Indicativo de Cooperação “Desenvolvimento-Clima-Energia” Cabo Verde – Luxemburgo (2021-2025) foi presidida pelo Vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, que agradeceu a parceria de Luxemburgo e outros parceiros no sector importante que é o emprego e a empregabilidade.
MJB/JMV
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