Lisboa, 28 Jan (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e o seu homólogo português, Luís Montenegro, consideraram hoje, em Lisboa, que a Cimeira Bilateral entre Portugal e Cabo Verde foi história entre os dois países que são “parceiros prioritários”.
Os dois chefes do Governo fizeram essa apreciação em conferência de imprensa depois da reunião plenária da VII Cimeira Bilateral entre os dois países, que arrancou na tarde de segunda-feira, 27, na capital portuguesa, com encontros ministeriais, à porta fechada, e encerrou com acordos de 30 instrumentos bilaterais.
“Esta cimeira foi um sucesso. Não estou em erro em classificar que é a maior cimeira de sempre que Cabo Verde realiza com Portugal, não só pelo número de acordo que assinamos e a sua abrangência, mas numa filosofia de diálogo. Nós estamos a fazer esses acordos para reforçar a nossa capacidade institucional em diversas áreas, mas também para promovermos investimentos”, afirmou Ulisses Correia e Silva.
Para o primeiro-ministro, dos instrumentos assinados inclui os 42,5 milhões de euros para o Fundo Climático Ambiental e a linha de crédito de 100 milhões de euros para investimentos em diferentes áreas que representam impacto no desenvolvimento de Cabo Verde e oportunidades de negócios para o sector privado português e cabo-verdiano, que são acordos com consequências e metas relativamente àquilo que se deve aplicar.
Relativamente ao sector da saúde, Ulisses Correia e Silva disse que foi também acordado o apoio e um trabalho conjunto para Cabo Verde realizar os transplantes renais no país em um dos hospitais centrais, o que vai diminuir o envio de doentes para Portugal, tendo destacado a criação de centros de excelência para qualificação profissional, que vai receber o financiamento de 4 milhões de euros de Portugal e 2 milhões de euros de Cabo Verde para ajudar o país também a ser autónomo no seu processo de desenvolvimento.
Por sua vez, Luís Montenegro reiterou que a cimeira é histórica, já que terminou com um número de abrangência grande de acordos, que inclui várias áreas, como das energias renováveis, economia azul, saúde, ambiente, protecção social, justiça, defesa, coesão territorial, transportes áreas, habitação, protecção civil, entre outras.
Para o governante português, os instrumentos assinados, de forma ampla e transversal, são base para que nos próximos anos se possa dar cumprimento em praticamente todas as áreas, considerando que é uma “convergência múltipla”.
“Cabo Verde é um parceiro prioritário de Portugal (…). O desafio que temos pela frente é executar. Como disse várias vezes ao longo do nosso trabalho, nós não queremos que esta cimeira seja um conjunto de declarações, de propósitos plasmados em documentos, também é importante, mas vamos ter de levar para o terreno, para a realidade concreta a execução”, frisou.
Ds 30 instrumentos bilaterais acordados, 20 foram já assinados entre hoje e na segunda-feira, 27, e os outros dez serão rubricados por várias entidades nos próximos dias.
A cimeira reuniu representantes dos dois países, sendo oito ministros portugueses e sete cabo-verdianos, para além do primeiro ministro, Ulisses Correia e Silva, os ministros das Finanças, Olavo Correia, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, da Defesa Nacional, Janine Lélis, dos Negócios Estrangeiros, José Filomeno, da Administração Interna, Paulo Roca, da Justiça, Joana Rosa, e da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva.
A reunião plenária de hoje foi copresidida pelos chefes de Governo de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e de Portugal, Luís Montenegro, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, na cimeira que teve como objectivo, reforçar a cooperação em todas as áreas governativas e definir as principais linhas de aprofundamento para os próximos dois anos.
DR/ZS
Inforpress/Fim
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