Central de armazenagem de energias renováveis arranca em 2028 – director de energia

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Central de armazenagem de energias renováveis arranca em 2028 – director de energia
05/09/24 - 04:00 pm

Cidade da Praia, 05 Set (Inforpress) – A Central de Bombagem Hídrica de Santiago (Pumped Storage) orçado em 60 milhões de euros, vai começar a produzir e armazenar energias renováveis em 2028, revelou hoje o director Nacional da Indústria e Energia, Rito Évora.

Rito Évora falava à imprensa, esta manhã, depois do vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI) e directora-geral-adjunta das Parcerias Internacionais da União Europeia, efectuarem uma visita à localidade de Chã Gonçalves, concelho de Ribeira Grande de Santiago, onde será implementado projecto.

“Vai ser implementado o primeiro projecto de armazenamento de energias renováveis por bombagem hidroeléctrica como a principal peça da nossa estratégia de transição energética para atingir a meta de, pelo menos, 54% de penetração de renováveis em 2030”, precisou.

Explicou que, neste momento, estão em fase de iniciar a selecção das empresas que vão fazer o design de toda a estrutura deste grande projecto orçado em 60 milhões de euros e que deverá estar operacional em 2028.

Adiantou que este projecto está em linha com tudo aquilo que está planeado em termos de integração das novas capacidades e novas centrais renováveis juntamente com os parques de energias renováveis que estão em andamento para alcançar o objectivo intermédio de 30% de energias renováveis até 2026.

“O objectivo é 2030, mas para chegarmos lá temos que ter essa infra-estrutura garantida, que vai entrar em funcionamento em 2028 e, concomitantemente, lançar uma nova série de lotes de concurso de novos projectos renováveis para ter toda a energia renovável necessária para armazenar”, referiu.

A infra-estrutura, segundo o director, vai ajudar o país a atingir as metas em termos de transição energética com mais energias renováveis, preços mais competitivos para o consumidor final e com benefícios em termos de impacto ambiental, redução da emissão de gases de efeito de estufas e, também, para a própria economia nacional com a redução da importação de combustíveis fósseis.

Na mesma linha, o projecto vai permitir e reduzir o consumo esperado de combustível em 2030 em cerca de 22%.

O projecto tem uma potência máxima de 20 megawatts, com dois Mega reservatórios com capacidade superior a 600 mil metros cúbicos de água e que irá assegurar pelo menos 160 megawatts-horas de energia.

Por seu turno, o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ambroise Fayoll destacou a importância que este projecto de modernização e desenvolvimento de produção de energia renovável em Cabo Verde terá na vida das populações desta localidade e de toda a ilha de Santiago.

“É sempre muito importante garantir que toda a população possa usufruir deste projecto e nos asseguraram que as populações poderão, também, beneficiar de alguns dos dispositivos que permitirão ter mais electricidade e mais água potável”, apontou.

Na mesma linha de intervenção, a directora-geral-adjunta das Parcerias Internacionais da União Europeia Myriam Ferran, disse estar muito impressionada com a dimensão deste projecto que terá impacto directo na vida das pessoas dessas localidades.

Orçado em 60 milhões de euros, o projecto é financiado pela União Europeia, Banco Europeu de Investimentos (BEI) e o Luxemburgo através da iniciativa Global Gateway.

Ambroise Fayoll e Myriam Ferran estão em Cabo Verde para uma visita de dois dias (04 e 05) no âmbito da iniciativa Global Gateway da União Europeia.

AV/HF

Inforpress/Fim

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