Cidade da Praia, 24 Mai (Inforpress) – As duas Centrais Sindicais, a CCSL e a UNTC-CS afirmaram hoje que a visita do director-geral da OIT, tem uma "grande importância" para o país a nível do desenvolvimento social e laboral em Cabo Verde.
Estas afirmações foram feitas à saída da reunião extraordinária do Conselho de Concertação Social, que aconteceu no salão de Banquetes do Palácio do Governo, na cidade da Praia, que visa aprofundar o compromisso conjunto entre Governo, parceiros sociais e a OIT, na promoção do trabalho digno e do desenvolvimento inclusivo em Cabo Verde.
Para o presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, o encontro com este responsável é "muito importante" para o desenvolvimento social e laboral em Cabo Verde.
Lembrou que o Conselho de Concertação Social foi instituído em 1993 e tem tido uma evolução “bastante positiva” ao longo dos anos.
“Resolvemos várias questões laborais a nível nacional, chegamos a vários acordos, tanto deliberações, que fez com que hoje tenhamos uma situação laboral mais ou menos estável”, sublinhou.
Apesar disso, declarou que o país continua a ter greves e manifestações.
Por seu lado, a responsável da União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, declarou que a vista deste responsável a Cabo Verde é um momento “único, histórico”, e que isso demonstra a importância que Cabo Verde tem, particularmente, no mundo do trabalho.
Assegurou que a UNTC-CS sempre esteve aberta ao diálogo e reconhecendo ganhos e também algumas preocupações.
Joaquina Almeida disse que durante o encontro falaram sobre o diálogo social que existe, que segundo afirmou “não é um diálogo exemplar”, justificando que o regulamento da Concertação Social estabelece que duas vezes ao ano, entre os meses de Fevereiro, Março, Setembro e Outubro, os parceiros devem reunir-se e que até o momento "nada".
Aproveitou a ocasião para desabafar que o membro do Governo que tutela a área do trabalho, tem vindo a resistir ao encontro com a UNTC-CS e que estão a aguardar há cerca de quatro anos para que esse membro do Governo receba a UNTC-CS.
Desabafou ainda, que o mesmo quer limitar a participação da UNTC-CS na Conferência Internacional do Trabalho, que começa no dia 02 e vai até ao dia 13 de Junho.
"Querem que a UNTC-CS participe nos três últimos dias. Mas para fazer o quê. Quando as sessões de trabalho, as discussões são feitas na primeira semana”, desabafou.
Considerou que isto constitui uma violação "muito grave" à liberdade sindical da Convenção 87 e pede a "sensatez" do governante que tutela a pasta do trabalho para cumprir com o que está estipulado na Constituição da OIT.
DG/HF
Inforpress/Fim
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