Brava: “Necessidade de autistas é diferente e possuem limitações específicas” – Psicólogo (c/áudio)

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Brava: “Necessidade de autistas é diferente e possuem limitações específicas” – Psicólogo (c/áudio)
10/04/24 - 11:24 am

Nova Sintra, 10 Abr (Inforpress) – O psicólogo da Delegacia de Saúde da Brava considerou que a necessidade de uma criança autista é diferente, sendo que os mesmos possuem de limitações e necessidades “especificas”, entretanto, devem ser enquadrados dentro das suas necessidades exclusivas.

Adilson Bango, que falava à Inforpress à margem de uma conversa aberta, com monitoras de jardins infantis, realizada esta terça-feira, pela Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI), na Escola Secundária Eugénio Tavares (ESET), salientou ainda que uma criança autista deve ter o acompanhamento e seguimento adequado e é preciso adaptar no sistema de ensino, para que a criança possa evoluir de forma harmoniosa, como os outros meninos.

Conforme explicou, a palestra se enquadra no âmbito do mês da Consciencialização do Autismo e é uma sessão de conversa aberta de esclarecimento, juntamente com as monitoras de jardim, sobre a questão do autismo, nomeadamente, processo do diagnóstico, avaliação, o manejo e o processo de aprendizagem e o seguimento das demandas que as crianças autistas têm dentro do sistema do ensino.

“O pré-escolar sendo uma parte importante no processo de aprendizagem e próprio desenvolvimento, por isso, é importante que as monitoras sejam dotadas de conhecimentos e informações que lhes permitem actuar da melhor forma quando existe uma situação de crianças atípicas, com este tipo de comportamento dentro do sistema escolar”, sublinhou.

De acordo com o psicólogo, a ilha Brava tem um número “considerável” de crianças autistas, que estão dentro do sistema escolar, por isso, considerou que as monitoras são uma parte integrativa, sendo assim a palestra, segundo o mesmo, é uma “troca de ideias”, tendo em conta que as educadoras também possuem as suas experiências.

“Estamos aqui a buscar uma forma de melhor dar resposta a essa problemática que é a nossa realidade”, realçou.

Por seu turno a monitora do jardim infantil Padre Pio, Bia Moreira disse que os ensinadores sempre tiveram estas preocupações, de entenderem e saberem lidar com crianças com autismo, tendo em conta que é o pré-escolar a primeira passagem no sistema educativo destas crianças.

“Temos a obrigação de saber como podemos fazer a sinalização e saber quando uma criança tem limitações, portanto espero que organizem mais palestras do tipo que é sempre bem-vindo e nos ajudará muito no desempenho das nossas funções, uma vez que existe um número considerável de autistas no município”, declarou.

Neste sentido, a mesma fonte informou que há três anos que trabalha com crianças autistas, pelo que garantiu que elas necessitam de cuidados especiais e precisam de muita atenção.

“Em relação à aprendizagem uma criança com autismo assimila lentamente e nós devemos ter competência para lidar com isto. Existem pais encarregados de educação que estão bem informados em relação a este assunto, no entanto, alguns não aceitam e isso acaba por dificultar o processo do desenvolvimento”, disse.

A monitora finalizou, apelando aos pais e encarregados de educação a estarem sempre atentos aos seus filhos e sempre em contacto com as monitoras ou professores, que só assim poderão ajudar no desenvolvimento dos seus meninos.

O Dia Mundial do Autismo, celebrado anualmente em 2 de Abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas em 18 de Dezembro de 2007 para a conscientização acerca dessa questão.

DM/ZS

Inforpress/Fim

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