Nova Sintra, 25 Set (Inforpress) – O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, disse hoje que o projecto de valorização da aldeia de Fajã de Água, hoje apresentado, tem como objectivo a criação de espaços que possam acolher os turistas da melhor forma.
Carlos Santos fez estas considerações à margem da apresentação do projecto que benificia a localidade de Fajã d'Água e as ilhas de Santiago, Fogo, Brava, Maio e Santo Antão, regiões com “especiais condições ambientais, características, paisagísticas para estruturação de aldeias”.
O ministro considerou no seu discurso que da parte do turista existe cada vez mais a vontade de experienciar as vivências locais e de manter contacto com a natureza.
Este projecto, explicou o governante, traduz-se na valorização urbanística dessas aldeias, a pintura de fachadas das casas, arruamentos ou crescimento dos caminhos, bem como a parte do saneamento.
O Governo, prosseguiu, está a fazer um trabalho a nível das casas por forma a que os habitantes locais possam ser integrados nesse negócio.
Por isso, ressaltou que existe uma componente formação dos habitantes locais para que eles possam começar a desenvolver os seus negócios no domínio da agropecuária, na montagem dos seus alojamentos.
“Mas também naquilo que tem a ver com a gastronomia, que é a componente que está incluída nessa visão de trazer o turista para experiências diferentes e divergentes daqueles que têm a ver com sol e praia”, argumentou.
O ministro salientou ainda que Cabo Verde é um país com uma diversidade paisagística grande em termos de produtos que pode ser cada vez mais ostentado e levar um turista a olhar com interesse.
Reconhecendo o arquipélago como destino turístico pequeno, o governante frisou, contudo, que a população tem que “apostar naquilo que não se repete noutras paragens”, ou seja, a sua “cultura, a sua música e a gastronomia”.
“E é isso que nós estamos a fazer”, salientou.
A Brava, garantiu, está com essas condições e o Governo está a aproveitar essa aldeia - de onde partiram muitos emigrantes para fora - para identificar os pontos de interesse turístico para serem contemplados com um centro interpretativo da emigração.
“Portanto é um conjunto de infraestruturas que estão a ser erguidos nessa localidade para que haja uma aldeia aprazível e com condições para acolher os turistas”, disse.
No que tange à diminuição em 40 por cento (%) do preço das passagens, uma medida do Governo para as ilhas com mercado diminuto, nomeadamente a Brava, Maio e São Nicolau, o ministro assegurou que esta é uma medida pensada, estudada para provocar um “choque” da procura a nível do turismo nestas três ilhas.
“Apesar da Brava não ter um aeroporto, nós estamos a criar condições para que haja uma sincronia entre o transporte aéreo e marítimo, mas essa redução será no transporte aéreo, pois 40 por cento (%) significa que um bilhete que custava 16 mil escudos, passará a custar 10 mil escudos”, explicou.
Mas, assegurou também ser uma medida pensada na coesão territorial das ilhas, do país e da unificação do mercado, tendo em conta que, segundo o ministro, o Governo tem estado a defender a necessidade de “trazer essas pequenas ilhas para o circuito do turismo”.
“Então é para responder a essa insularidade, dificuldades de acesso a essas ilhas, que o Governo tomou essa medida. Mas, por outro lado, é também uma medida que pretende beneficiar os residentes, pois os bravenses passam a ser tratados ou discriminados positivamente, da mesma forma que o residente em São Nicolau e no Maio, para que ele possa movimentar-se com maior facilidade”, concluiu.
DM/JMV
Inforpress/Fim
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