Nova Sintra, 12 Fev (Inforpress) – Um comerciante de peixe da Brava reclama dos "maus serviços" da CV Interilhas, considerando que a concessionária dos transportes marítimos entre ilhas não tem o “mínimo” respeito para com os seus clientes, mas a empresa refuta as acusações.
Em declarações hoje à Inforpress, o comerciante Anildo Baptista disse que na quinta-feira passada enviou uma mala térmica com cerca de 62 quilos de peixes, cujo destino era a vizinha ilha do Fogo, e que, no entanto, a carga foi parar à cidade da Praia, na ilha de Santiago.
“Eu fiz a ordem de embarque para o Fogo, mas não sei o que terá passado no porto da Furna, os funcionários da empresa colocaram a minha carga para a ilha de Santiago. Tendo em conta esse erro, eu e o Marcos, responsável da CV Interilhas na Brava, entramos em um acordo, e ele me garantiu que a mercadoria iria ser bem conservada até às próximas viagem do navio para o Fogo, e seria enviada com todo cuidado, para que eu não tivesse perda no negócio”, salientou.
Nesta situação, conforme contou a mesma fonte, chegando sábado, 10, o responsável da CV Interilhas na Brava chamou-o, garantindo que a carga já se encontrava na Porto de Vale de Cavaleiros, aguardando para ser levantado.
“Chamei o meu cliente no Fogo para ir tomar o seu peixe no cais, no entanto, para a minha surpresa, a senhora foi informada que a carga não viajou, ficando na cidade da Praia. Daí esta cliente já recusou a mercadoria, visto que o produto saiu da Brava com destino à ilha do Fogo, desde quinta feira passado e até agora não chegou e não se sabe em que condição de conservação o produto se encontra neste momento”, sublinhou.
Anildo Baptista frisou que a empresa devia arcar com a perda do produto, uma vez que a mercadoria é uma mala de peixe e durante todos esses dias se não for bem conservado perde a qualidade.
“A empresa devia arcar com este prejuízo, devia dispensar-me uma melhor atenção e explicação. De hoje em diante não vou assumir este tipo de negócio, tendo em conta o risco e a perda que obtive”, lançou
O comerciante disse que já enviou um email relatando à empresa qual era o volume, a quantidade e o preço do produto, apelando à intervenção da CV Interilhas neste caso, o mais depressa possível, visto que ficou prejudicado por causa da negligência dos funcionários desta empresa.
Contactado pela Inforpress, o responsável da CV Interilhas na Brava, Marcos, desmentiu a versão do comerciante, salientando que a culpa não é da empresa, tendo em conta que a carga chegou à ilha, mas não havia ninguém para a receber.
“A mercadoria chegou ao Fogo, conforme a ordem de embarque feita pelo comerciante, contudo a pessoa que iria receber a carga não apareceu no cais até a partida do navio para a Ilha de Santiago. Sendo assim a mercadoria embarcou para a outra ilha, mas foi bem conservada até ser enviada hoje, de volta à ilha do Fogo”, esclareceu.
Conforme garantiu este responsável, a carga viajou e chegou hoje mais cedo, sendo que neste momento a pessoa já recebeu a mala com os peixes e assegurou ainda que está tudo em ordem e bem conservado.
DM/JMV
Inforpress
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