Cidade da Praia, 08 Ago (Inforpress) – Os agricultores bravenses manifestaram-se hoje esperançosos que este ano os campos serão renovados com chuvas suficientes que garantam bom ano agrícola e lamentam a praga da galinha do mato que tem danificado as sementeiras.
Em declarações à imprensa, o agricultor Manuel Coelho, da zona de Cachaço, mostrou-se esperançoso que este ano será melhor em termos da queda das chuvas e do ano agrícola, garantindo, por outro lado, mais pastos para os animais.
“A maior dificuldade é ainda a falta das chuvas, temos tido algumas perdas nas sementeiras porque a galinha de mato tem danificado as sementeiras e muitos pastores têm deixado animais soltos, o que tem danificado as plantações. Aqui no Cachaço, temos uma forte predominância da criação de animais e a chuva para pastos é muito importante”, afirmou.
Por sua vez, o agricultor Joaquim Lopes, da zona Lem, também se manifestou “expectante” e “preocupado” porque, conforme explicou, a planta tem dado sinal de stress, devido ao atraso na queda das chuvas.
“Estamos esperançosos com o bom ano agrícola. Eu pessoalmente já iniciei a sementeira, já fiz a segunda monda, mas estamos à espera de um milagre, porque neste momento verificamos que as plantas estão um pouco “estressadas”, com a falta de chuvas e nesta época do ano faz muito calor, mas estamos esperançosos que este ano teremos um bom ano agrícola”, realçou.
Referiu ainda que muitos agricultores se têm queixado da invasão das galinhas do mato nos terrenos e que ainda não foram identificadas outras pragas, nomeadamente do gafanhoto e lagarto de cartucho que habitualmente danificam as sementeiras.
Por sua vez, o camponês Eduardo Rosa, da localidade de Santa Bárbara, garantiu que os homens do campo da referida localidade têm feito a sua parte, fazendo os trabalhos necessários para preparar o terreno para receber as chuvas.
“Neste momento, o maior constrangimento que temos enfrentado tem a ver com os frequentes ataques das galinhas do mato, que têm danificado a sementeira, temos buscado fazer a nossa sementeira nos lugares de difícil acesso para esses animais para vermos se conseguimos garantir algum cultivo”, afirmou.
CM/JMV
Inforpress/Fim
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