Boa Vista: Deputada do MpD denuncia crime ambiental e de saúde pública na ilha e exige medidas urgentes da autarquia

Sal Rei, 10 Mar (Inforpress) – A deputada do MpD pelo círculo da Boa Vista, Elizabete Évora, denunciou hoje o estado da lixeira municipal e da ETAR, situações que considera “crime ambiental e de saúde pública”, e exige medidas urgentes da autarquia e instituições.

As denúncias foram feitas hoje em conferência de imprensa no âmbito da visita à Boa Vista para a agenda prévia à primeira sessão parlamentar de Março, onde Elizabete Évora diz ter constatado problemas críticos em diversas áreas, que exigem acções imediatas das autoridades competentes.

Um dos pontos mais alarmantes da denúncia foi a situação da lixeira municipal, que está a céu aberto e a mesma considera ser um “crime ambiental”.

“Denuncio que é um crime ambiental por parte da câmara municipal. A lixeira, segundo dados da câmara anterior, aquele espaço seria um aterro controlado, mas neste momento está completamente descontrolado. Lixo por toda a parte, fora do perímetro da lixeira”, afirmou.

Elizabete Évora chamou ainda a população da Boa Vista a juntar-se para exigir da autarquia um reparo urgente no espaço da lixeira.

Outra situação “crítica e lastimável” apontada pela mesma fonte versa as águas residuais da “mini” ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) dentro de Sal Rei, que está “completamente abandonada”, afecta o bairro de Boa Esperança e Marrocos, já que está perto da Pocilga e do Estádio Municipal. O que também, a seu ver, configura crime ambiental e é uma questão de saúde pública.

“Informações que tenho é que foi acordado que fica na gestão da câmara municipal até que criassem todas as condições para passar para a empresa AEB. Se a câmara municipal sabe que não tem condições técnicas para resolver, que procurem ajuda nas outras instituições responsáveis no assunto”, afirmou.

Outra questão salientada por Elizabete Évora foi o estado da pocilga de Sal Rei, que também é considerado “gravíssimo”, devido aos problemas relacionados à peste suína. O que exige, no entender da parlamentar, uma atenção da Direcção Nacional do Ambiente e da autarquia, sendo “fundamental” sensibilizar os criadores e mostrar que se trata de uma questão de saúde pública de toda a ilha e não só de interesses pessoais.

A deputada também denunciou a crise de falta de água, principalmente nas localidades de Estância de Baixo e Rabil. E exigiu medidas urgentes da Câmara Municipal da Boa Vista que é responsável por abastecer a população, enquanto o Governo não conclui um projecto para resolver o problema de forma definitiva.

Além disso, indicou que a população dessas localidades tem reclamado por uma fiscalização mais rigorosa dos preços praticados no comércio local.

Ela também avaliou a situação da segurança na ilha, visitando o Comando Regional da Polícia Nacional e a Polícia Judiciária, e constatou a necessidade de reforço da Polícia Judiciária.

Na agenda de Elizabete Évora constou também uma visita ao Miradouro do Rabil, para inteirar-se do andamento das obras, cuja construção é financiada pelo Fundo do Turismo.

MGL/ZS

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