BA-Cultura é um programa que sem dúvida tem mostrado a solidez dos resultados-ministro

Cidade da Praia, 19 Jun (Inforpress) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, observou hoje que o programa Bolsa de Acesso à Cultura vem crescendo a cada ano e tem mostrado "sem dúvida" a solidez dos resultados.

O governante falava à Inforpress no final de uma visita efectuada hoje às escolas contempladas com o programa Bolsa de Acesso à Cultura (BA-Cultura), nos bairros de Tira Chapéu e Achada de São Filipe, na cidade da Praia.

Para Abraão Vicente estes pequenos núcleos de ensino nos bairros têm demonstrado uma grande capacidade de unir as comunidades, de ajudar os alunos a ocupar o seu tempo livre, a empoderar de certa forma também as famílias.

“Porque são espaços seguros, onde os pais têm a confiança de mandar os alunos, exactamente porque sabem que não só estão ocupados, mas também que são bem cuidados e acabam por aprender novos conhecimentos”, assegurou, avançando que este programa já conta a nível nacional com quase 4.500 alunos distribuídos por 112 escolas.

Abraão Vicente realçou ainda que este ano o Governo está a investir mais de 31.000 contos neste programa, que, segundo sublinhou, vem crescendo a cada ano, daí que almejou que seja um programa que se perenize a nível das orgânicas dos governos e da programação dos governos.

“Este é um programa que sem dúvida tem mostrado a solidez dos resultados. Dezenas e dezenas de alunos que se descobrem como capazes de praticar uma arte, capazes de aprender mais sobre a cultura cabo-verdiana. Mas, principalmente, tem demonstrado uma grande capacidade de organização da comunidade educativa em prol de um programa que é essencialmente pro bono”, asseverou.

Ou seja, explicou, toda a verba transferida para as escolas serve para financiar professores, materiais escolares e para financiar o funcionamento dessas escolas.

Realçou que apesar de registaram alguns atrasos na transferência das verbas este ano por questões orçamentais e questões de procedimentos das Finanças, os professores aguentaram mesmo assim as escolas, confiando que o programa não ia parar e confiando que se trata de um programa que eles não podem deixar parar de funcionar.

Na mesma linha, o ministro reconheceu que os coordenadores precisam essencialmente de melhores condições para o ensino das artes, lembrando que grande parte das escolas financiadas pelo BA-Cultura começaram com praticamente nada, ou seja, com algumas flautas, ou então, uma ou duas guitarras, por exemplo.

Entretanto, afirmou que há sempre falta de materiais, tendo afiançado que o programa tem feito o seu melhor para facultar e arrecadar mais verbas, e mais instrumentos oferecendo melhores condições de funcionamento.

O programa Bolsa de Acesso à Cultura (BA-Cultura), desenvolvido pelo Governo de Cabo Verde a partir de 2016, tem sido apropriado, sobretudo, pelas comunidades e pelas famílias. Na sua implementação, o programa iniciou com 42 escolas inscritas e cerca de 1000 alunos bolseiros e um orçamento que rondava os 10 milhões de escudos cabo-verdianos.

ET/JJMV
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