Cidade da Praia, 22 Jul (Inforpress) – A Associação Lantuna recomendou hoje as autoridades mais divulgação das espécies marinhas protegidas em Cabo Verde para dar a conhecer a sociedade sobre a biodiversidade marinha no arquipélago.
“A maioria das pessoas conhece mais a tartaruga marinha, mas há outras espécies, desde aves marinhas e terrestres, tubarões e plantas que são preservadas”, disse a directora executiva desta organização não-governamental, Ana Veiga, em entrevista à Inforpress.
Segundo esta responsável, constataram que, por exemplo, nem todos os pescadores têm conhecimento de algumas espécies de tubarão que são protegidas e desconhecem a legislação, nomeadamente, o Estatuto de Protecção.
No entanto, avançou que decorre a segunda fase de um estudo sobre o esforço de pesca, onde é avaliado o peixe que é capturado, por exemplo, na localidade do Porto Mosquito, na Ribeira Grande de Santiago.
A pesquisa tem como objectivo inteirar-se do tipo e tamanho da espécie capturada e comparar os dados ao longo do tempo, no sentido de verificar se houve um decréscimo ou não e se houve captura ilegal.
“No âmbito do estudo, infelizmente, detectamos espécies protegidas que são capturadas, principalmente a tartaruga, e intensionalmente, porque há um comércio ilegal [da carne desta espécie]”, revelou.
Destacou, no entanto, que a equipa tem vindo a realizar um trabalho de sensibilização junto dos pescadores de Porto Mosquito para a conservação dos animais, por exemplo com os tipos de arte de pesca.
Ana Veiga divulgou ainda que está planificada uma formação para capacitar os homens do mar sobre como devem soltar as aves do anzol no caso de alguma captura indesejada.
O Parque Natural da Baía do Inferno e do Monte Angra (PNBIMA), conhecido por ter falésias de mais de 500 metros, é uma área protegida desde Abril de 2021 e representa a maior colónia de aves marinhas de Santiago.
A reserva não tem apenas aves marinhas, mas também é uma área de alimentação de tartarugas marinhas, golfinhos e baleias.
OS/CP
Inforpress/Fim
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