UCID propõe Fundo Municipal de Emergência Climática após cheias em três municípios de Santiago Norte (c/áudio)

Santa Cruz, 25 Nov (Inforpress) – O presidente da UCID defendeu hoje a criação de um Fundo Municipal de Emergência Climática em todos os 22 municípios do país, como resposta estruturada e permanente aos fenómenos extremos.

João Santos Luís lançou este desafio após visitar as zonas afectadas pelas recentes cheias nos municípios do Tarrafal, São Miguel e Santa Cruz, em Santiago Norte.

O presidente do partido, que se fez acompanhar pela direção regional da UCID, reuniu-se também com os presidentes das câmaras municipais.

Segundo o dirigente político, constatou no terreno danos significativos na agricultura, pecuária e pesca, sectores em que “muitas famílias perderam tudo ou quase tudo”.

Face ao impacto das chuvas intensas registadas entre 13 e 14 de Novembro, a UCID considera que os apoios actualmente disponibilizados – 30 contos durante três meses, além de verbas de 150 e 300 contos – são insuficientes para garantir a recuperação das famílias e dos pequenos negócios.

Como resposta, o partido propõe que cada município constitua um Fundo Municipal de Emergência Climática, financiado por três vias, nomeadamente, verbas do próprio orçamento municipal, recursos transferidos pelo Governo, ou contribuições de organismos internacionais.

De acordo com João Santos Luís, este mecanismo permitiria dotar as autarquias de meios mais eficazes e imediatos para agir perante catástrofes naturais, num contexto em que as alterações climáticas tornam os episódios extremos cada vez mais frequentes.

A UCID propõe igualmente que a Associação Nacional dos Municípios convoque uma reunião extraordinária com a participação dos municípios não só de Santiago Norte, mas também em São Vicente, São Nicolau e Santo Antão, onde ocorreram situações semelhantes, para analisar conjuntamente os danos e as medidas de reforço da normalidade destes municípios.

O líder da UCID voltou a apelar a investimentos robustos em infraestruturas de proteção, como correções torrenciais, diques e sistemas de drenagem, reforçando a necessidade de maior atenção ao sector primário, vital, segundo disse, para os municípios agrícolas de Santiago Norte.

João Santos Luís garantiu ue a UCID continuará a dar voz às populações afectadas no Parlamento, defendendo medidas que permitam repor a normalidade e fortalecer a resiliência das comunidades.

MC/JMV

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