
Nova Sintra, 19 Nov (Inforpress)- Os criadores e pastores das zonas altas da ilha Brava manifestam hoje "preocupados" com os repetidos ataques de cães vadios aos seus rebanhos e apelam à intervenção das autoridades.
Segundo relatos dos moradores, particularmente das localidades de Baleia, Garça e Mato Grande, os ataques têm sido frequentes e estão a causar prejuízos significativos, ameaçando a subsistência das famílias que dependem da criação de animais.
Em declarações aos jornalistas, o criador Ivaldino Da Lomba, residente na localidade de Baleia, salientou que os ataques, que são frequentes, estão a deixá-los pouco motivados em continuar as suas criações, que garantem o pão da família.
“Esses cães atacam os nossos animais, mais concretamente as cabras. Matam-nas e deixam-nas no chão, ou seja, retiram somente o sangue no pescoço e deixam o resto no chão. Já tentamos várias vezes correr atrás deles, mas sem sucesso”, disse.
Conforme afirmou o criador, os cães vadios têm deixado um prejuízo enorme aos criadores, embora o ano agrícola tenha sido perdido, há um pouco de pastos que permite a sobrevivência dos rebanhos, caso não forem dizimados pelos cães vadios.
Entretanto, ressaltou que com os ataques destes cães, torna-se muito difícil tirar o sustento das suas criações e por isso apela a uma rápida intervenção das autoridades competentes.
Por sua vez, a criadora e produtora de queijos Rosa Baptista, da comunidade de Mato Grande, que também partilha da mesma opinião, considerou que actualmente a situação é “complicada”, porque os cães vadios estão atacando e matando os animais todas as noites.
“Mesmo que tenhamos um curral… os pastos deste ano são muito poucos, por isso não estamos a conseguir combater estes cães que atacam os animais. Apelo às autoridades, à câmara municipal, ou quem de direito, que tomem uma medida com os cachorros que perambulam nas ruas da nossa ilha, porque eles estão a nos desgraçar, sendo que eu praticamente já perdi treze cabeças de animais”, concluiu.
As autoridades locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre os recentes incidentes, mas os moradores esperam uma intervenção rápida para pôr fim à situação que já se arrasta há meses.
DM/JMV
Inforpress/Fim
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