
Cidade da Praia, 17 Nov (Inforpress) – O ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, afirmou hoje que os principais projectos do sector avançam por etapas técnicas e que o Orçamento de 2026 é “possível”, ajustado aos recursos do país, e "adequado" para cumprir as metas.
Em entrevista após a quinta Comissão Especializada da Assembleia Nacional, Jorge Figueiredo, afirmou que o desenvolvimento das infra-estruturas e das políticas de saúde decorre num processo “normal e necessário”, desde a concepção até à execução das obras, respondendo às críticas sobre alegados atrasos em vários projectos do sector.
Segundo o governante, o futuro Hospital Central de Cabo Verde continua em fase de análise técnica, porque precisa de ser integrado num sistema capaz de resolver problemas estruturais, incluindo a falta de especialistas.
Figueiredo revelou que há já “dez anos de formação de médicos clínicos gerais” no país e que, a partir do próximo ano, Cabo Verde iniciará a formação interna de médicos especialistas, medida que deverá reduzir a dependência externa e os custos com evacuações médicas.
O ministro referiu ainda que a actualização da carta sanitária, que há 26 anos não era feita permitirá reorganizar toda a rede de saúde, estabelecendo prioridades mais claras.
Sobre o aumento de casos de doenças não transmissíveis, como hipertensão, diabetes e cancro, Figueiredo afirmou que são os problemas da “saúde pública mais importantes” e anunciou que Cabo Verde concorreu a um projecto de cerca de 5 milhões de euros para reforçar o diagnóstico e adquirir novos equipamentos.
Relativamente à futura Delegacia de Saúde da Praia, o ministro rejeitou a localização inicialmente proposta na Achada de Santo António e reafirmou a preferência pela instalação na Fazenda, num edifício já existente, o que poderá permitir a sua entrada em funcionamento em, relativamente, “pouco tempo”, cerca de seis meses.
Sobre o PCFR (Plano de Carreiras, Funções e Remunerações), cuja implementação motivou um pré-aviso de greve, Figueiredo garantiu que o processo está “bastante avançado e envolve mais de cinco mil profissionais. O ministro reiterou que o Governo está disponível para negociar.
Figueiredo recordou ainda que o orçamento da saúde aumentou de 10 para 11 milhões de contos, reforço que considera “essencial” para aplicar o PCFR, melhorar salários e concluir investimentos em curso, como a digitalização dos hospitais e as obras do Centro de Saúde da Trindade. Considerou que “é um orçamento possível, ajustado aos recursos do país”.
CG/SR
Inforpress/Fim
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