Ribeira Grande: Proprietários agrícolas de Corda satisfeitos com estado do milharal graças às chuvas registadas

Ribeira Grande, 03 Out (Inforpress) - As chuvas que já caíram este ano têm sido motivo de alegria para os agricultores da zona de Corda, Santo Antão, que, apesar de verem o milho evoluir, não arriscam falar de uma colheita garantida.

Localizada no perímetro florestal do Planalto Leste, a localidade de Corda possuí um clima fresco e com vários terrenos agrícolas de sequeiro, que durante a época considerada das chuvas regista uma grande movimentação no trabalho da sementeira do milho e do feijão.

Apesar do cenário esperançoso, alguns dos proprietários de terrenos agrícolas disseram que a fraca mão-de-obra para a agricultura registada na ilha de Santo Antão tem sido o principal entrave para trabalhar a terra e fazer a monda das plantas que já estão com flor.

Manuel Gomes, proprietário natural da zona de Corda, disse, em declarações à Inforpress, a situação de-mão-de-obra no local é de escassez.

"A localidade de corda recebeu uma chuva considerável. Estamos satisfeitos com isso, mas as mondas estão a avançar, o que gera preocupação de todos porque estamos com dificuldades em encontrar homens para fazer o trabalho”, queixeou-se.

Na localidade de Corda, um trabalhador inicia o seu dia de trabalho às 7:30 e termina às 13:00, auferindo mil escudos pelo serviço prestado e mesmo assim não está fácil conseguir trabalhadores", desabafou.

Segundo a mesma fonte, o milho e o feijão são os mais cultivados, mas os proprietários da região também apostam no cultivo da batata-doce e da batata inglesa. 

Precisou ainda que, nesta época, produz-se muita quantidade de frutos como marmelo e maçã, contudo os produtores têm enfrentado dificuldades devido a falta de mercado para o seu escoamento.

Mesmo assim, Manuel Gomes disse acreditar que futuramente o problema de escoamento dos produtos poderá ficar resolvido visto que estão a construir uma unidade de transformação na zona de Corda, o que deverá ajudar os produtores na venda.

Questionado se este ano os agricultores anteveem uma boa colheita do milho e feijão, Manuel Gomes disse que apesar das boas chuvas que caíram, ainda não se pode afirmar nada, porque é imprescindível que chova ainda em Outubro e existem outros factores naturais que devem ser considerados.

EL/JMV