São Vicente/Teatro: 31.ª edição do Mindelact chega ao fim com “sentimento de dever cumprido” – organização

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São Vicente/Teatro: 31.ª edição do Mindelact chega ao fim com “sentimento de dever cumprido” – organização
08/11/25 - 06:20 pm

Mindelo, 08 Nov (Inforpress) – A 31.ª edição do Festival Internacional de Teatro do Mindelo (Mindelact) encerra-se na noite de hoje, em São Vicente, e a organização admite estar bem satisfeita e com “sentimento de dever cumprido”.

O balanço foi feito à Inforpress pelo presidente da associação com o mesmo nome, organizadora do evento, que há mais de três décadas movimenta a ilha de São Vicente com teatro cabo-verdiano e, também, do mundo.

Yannick Fortes assegurou que desta vez não foi diferente, apesar de a cidade encontrar-se a recuperar dos efeitos causados pela tempestade Erin, de 11 de Agosto último.

Esta edição, denominada “Aurora”, serviu, segundo a mesma fonte, para animar os são-vicentinos com espectáculos de nove países, que percorreram praças, comunidades mais afastadas e a Academia Jotamont, que serviu agora, em 2025, de base para toda a produção e acolheu as principais peças.

Isto porque a organização não pôde contar com o Centro Cultural do Mindelo, considerada até agora como a “casa do Mindelact”, pelos estragos da referida tempestade e que deixaram o espaço inutilizável.

“Mas como dizem, há males que vêm para bem e acabamos por descobrir no Jotamont um espaço perfeito e com qualidade para acolher as actividades do Mindelact. Com qualidade técnica que os próprios artistas gostaram”, considerou Yannick Fortes.

E essa foi uma das razões para estar a produção, conforme a mesma fonte, com “sentimento de dever cumprido”, comprovado ainda pela satisfação mostrada pelos envolvidos e o próprio público.

“A edição Aurora foi fantástica e proporcionou um momento histórico. Valeu a pena todo o sacrifício”, afiançou o presidente do Mindelact, apesar de outros constrangimentos que ditaram até o cancelamento de alguns espectáculos.

Mesmo assim, Yannick Fortes garantiu que, dependendo da vontade da produção e de vários artistas que declararam estar prontos para voltar ao Mindelact, a 32.ª edição já é uma realidade.

Só falta firmar, acrescentou, a disponibilidade dos apoios dos parceiros.

Mas antes que a cortina se feche e só volte a abrir-se em 2026, no dia de hoje vão ser, ainda, apresentados mais cinco espectáculos no festival do Mindelo, o primeiro na rúbrica “Teatrolândia” direccionada aos mais pequenos que podem apreciar “Alice no País das Maravilhas”, do grupo cabo-verdiano Myrtle, na Escola Portuguesa.

A Praça Amílcar Cabral (Praça Nova) recebe “Ouça minhas fotografias surpreendentes”, do Teatre Carbon, da Dinamarca, e no Palco 2, no Centro Social de Ribeira de Craquinha, acontece “L´arbre en moi” de Le Théâtre Spirale da Suíça.

O palco principal, na Academia Jotamont, acolhe também mais uma apresentação da performance “Born of Normal Parents”, de Murray Malloy, da Irlanda, e “Costa da morte – Cartografia de un Naufraxio”, do Centro Dramático de Galego em co-produção com Mariña Leston, da Galiza, que vai fechar a edição “com chave de ouro”, tal como garantiu Yannick Fortes.

LN/HF

Inforpress/Fim

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