São Vicente/Chuvas: Alojamento de famílias nas escolas sem impacto no arranque do ano lectivo - autarca

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São Vicente/Chuvas: Alojamento de famílias nas escolas sem impacto no arranque do ano lectivo - autarca
18/08/25 - 02:06 pm

Mindelo, 18 Ago (Inforpress) - O vereador da Protecção Civil da Câmara Municipal de São Vicente assegurou hoje que "serão criadas condições" para as aulas iniciarem no próximo ano lectivo, de forma normal, "tendo em conta que os centros de acolhimento são transitórios".

José Carlos da Luz respondia à Inforpress que lhe questionou sobre como é que vai ser articulado o realojamento das famílias desalojadas que estão em estabelecimentos escolares, tendo em conta que falta menos de um mês do arranque lectivo.

“Logicamente que a abertura do ano lectivo será para o mês de Setembro. Ainda falta mais ou menos um mês. Penso que serão criadas todas as condições para que as aulas se iniciem de forma normal, tendo em conta que esses centros de acolhimento são transitórios”, afirmou sem especificar quais condições serão criadas.

Para o vereador “ainda há tempo para trabalhar nisso”, pelo que será feita uma articulação entre os serviços sociais da câmara municipal e com o Ministério da Educação.

“Penso que não vamos apressar as coisas e as coisas de certeza irão acontecer normalmente e o ano lectivo vai arrancar”, reiterou.

Questionado ainda sobre a atribuição de moradias sociais, o autarca explicou que as casas são distribuídas de acordo com o Cadastro Social Único.

“A câmara municipal e os serviços sociais que estão a trabalhar nesse sentido vão fazer a avaliação das pessoas, um trabalho que é feito, tem de ser bem feito, para que possamos, lá onde for necessário, dar habitação às pessoas que são mais afectadas e que estão enquadradas de acordo com o Cadastro Social Único”, afiançou.

Instado a reagir sobre a reclamação de activistas e associações, que estão no terreno a dar apoio às famílias, e que se queixaram de falta de viaturas enquanto carros da autarquia e de ministérios estão parados, a mesma fonte disse que algumas associações estão a trabalhar juntamente com os serviços sociais da câmara municipal e que outros disponibilizam as suas viaturas.

“Nós estamos com rede de viaturas na cidade a apoiar. As vezes de falar aquela articulação, as associações devem dirigir-se aos serviços sociais da câmara porque o serviço social já tem praticamente todo o levantamento daqueles que mais necessitam para que não haja duplicação de apoios”, arrematou.

As chuvas que caíram na segunda-feira devido à passagem da tempestade tropical Erin causaram vários danos materiais, como arraste de viaturas para o mar, deslizamento de terra e desmoronamento de casas, sobretudo, de lata, quebra nos sistemas eléctricos e de telecomunicações, morte de animais, além de perda de vidas humanas.

Decorrente desta catástrofe, contabilizam-se nove mortes e duas pessoas desaparecidas, mas, conforme o Gabinete de Crise, as buscas continuam tanto em terra como no mar. 

A ilha de São Vicente está sob o Estado de Calamidade, decretada pelo Governo.

CD/CP

Inforpress/Fim

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