São Vicente/chuvas: Dados do governo indicam que 251 famílias foram afectadas pela tempestade

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São Vicente/chuvas: Dados do governo indicam que 251 famílias foram afectadas pela tempestade
16/08/25 - 02:50 pm

Cidade da Praia, 16 Ago (Inforpress) – O ministro da Administração Interna disse hoje que dados levantados até o momento, em São Vicente, indicam que 251 famílias foram afectadas pelas chuvas intensas de 11 de Agosto.

Paulo Rocha, que falava em conferência de imprensa,  após o primeiro-ministro ter apresentado o plano estratégico de resposta face à destruição causada pela tempestade,  avançou que das 251 famílias, 53 perderam quase a totalidade dos seus bens, 17 agregados familiares perderam suas casas e 124 pessoas foram retiradas de zonas de risco face à possibilidade de novas chuvas. 

“Em relação às viaturas sinistradas, um total de 51 viaturas, 149 particulares, um do Estado e um de transporte público, foram identificadas até agora, estando parcial ou totalmente danificadas, tendo sido várias delas retiradas do mar”, afirmou.

No sector informal indicou que na Praça de Estrela foram identificados 140 vendedores feirantes que sofreram prejuízos avultados, 4 proprietários de bairros que perderam tudo, 14 vendedores de verduras e 20 vendedores de artesanato e vestuário que perderam os seus pontos de venda, tendo no mercado de verduras e hortaliças, 20 vendedores perdido os seus produtos. 

Face a esta catástrofe, 0 ministro  sublinhou que as construções dos danos provocados pela tempestade tropical, em São Vicente, estão focadas nas redes de estradas nacionais e municipais, vias urbanas, redes de abastecimento de água e saneamento, e sistema de produção e distribuição de energia.

“Ao nível do comércio, são dezenas os estabelecimentos de comércio em geral, lojas e serviços afectados. São números, ainda em evolução, levantados até a presente data. Os trabalhos que estão a decorrer visam, sobretudo, garantir assistência às pessoas, limpeza da cidade, remoção dos escombros, remoção da lama, desobstrução de vias”, disse, sublinhando que todo o esforço de apoio e solidariedade deve ser coordenado com o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros. 

Referiu-se ainda à criação de um gabinete de coordenação política, presidido pelo primeiro-ministro e integrado por vários ministros para articular medidas, supervisionar a sua aplicação e avaliar os seus impactos.

Perante a situação, afirmou que o Governo decidiu aprovou o Plano Estratégico de Resposta e Recuperação, que sistematiza as actividades a serem desenvolvidas no âmbito de um programa de emergência e de um programa de recuperação e aumento de resiliência.

O programa de emergência concretiza, no plano imediato, segundo disse, o socorro e os cuidados emergenciais das pessoas, visando atender as necessidades das pessoas afectadas.

Afirmou ainda que o plano de emergência contempla medidas de estabilização de emergência, visando soluções imediatas de drenagem de águas de chuva, entre outras.

 

Questionado pelos jornalistas sobre a garantia da normalização da distribuição da água na ilha de São Vicente na terça-feira, Paulo Rocha avançou que foi iniciado o processo de captação e de produção, e que a distribuição será a partir da quarta, já que não dispõe  de nenhuma outra informação que indique o contrário. 

“Neste momento, Santo Antão tem uma capacidade de produção por volta das 300 toneladas. Estamos a posicionar diferentes formas de levar essa água a São Vicente. Há outras soluções que têm a ver com a capacidade de uma embarcação da marinha portuguesa”, disse.

Já o ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, afirmou que o Governo tem estado presente com medidas adequadas a cada situação, estando, neste momento, a actuar com o rendimento social e emergencial.

 “Até que a situação se normalize será feito um pagamento mensal para os que perderam rendimento”, informou.

Na decorrência de uma pergunta sobre os roubos que já estão a acontecer nos contentores enviados para apoiar vítimas das chuvas, Paulo Rocha afirmou que a polícia já está no terreno e que não “vai tolerar este tipo de acto”. 

PC/JMV

Inforpress/Fim

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