Mindelo, 14 Mai (Inforpress) – O presidente da Associação para Defesa do Consumidor (Adeco) almeja que a informação financeira seja tratada com “facilidade e naturalidade” e permitir elevar a literacia financeira ainda pouco cultivada pelos consumidores cabo-verdianos.
Nelson Faria disse ser um dos motivos para a formação iniciada hoje, no Mindelo, sobre serviços financeiros, com a parceria do Banco de Cabo Verde (BCV).
A iniciativa, conforme a mesma fonte, deriva de um estudo realizado no ano passado pela associação, através de uma parceria internacional, e que fez o levantamento dos principais produtos bancários em Cabo Verde.
Um estudo que está a ser socializado através da formação e também no site e nas redes sociais da Adeco.
“Queremos fazer com que a informação financeira seja tratada com facilidade, com naturalidade, com agilidade porque nós entendemos que, igualmente a outros produtos de consumo, os serviços financeiros também devem ter este domínio por parte dos interessados que são os consumidores”, considerou Nelson Faria.
Mais ainda, segundo a mesma fonte, é uma via para elevar a literacia financeira e de fazer com que os consumidores possam a partir de agora consumir produtos financeiros de “forma informada, cautelosa e que sintam realmente satisfeitos na relação ou na interacção com os bancos”.
Sem dúvida, acrescentou, uma literacia necessária, já que os cabo-verdianos não são educados a lidar com o dinheiro.
“Infelizmente, temos de fazer este trabalho agora, mas nós achamos que é um trabalho que deve ser feito desde a tenra idade, desde criança”, sublinhou Nelson Faria.
Por isso, conforme o presidente da Adeco, pretendem atingir o máximo possível de pessoas, a começar pela acção formativa, em São Vicente, que na manhã de hoje foi dirigida a parceiros diversos, no Centro Social SOS Mindelo, e à tarde na Associação "Akredita na Bô", voltada mais para mulheres e assim alcançar outros consumidores como as mães e donas de casa.
Para além do estudo, a formação baseia-se também em outros detalhes que vão ser passados por técnicos do BCV sobre o sistema financeiro cabo-verdiano, entre estes “Instituições, produtos e serviços financeiros” e “Microfinanças e protecção do consumidor financeiro em Cabo Verde”.
A formação terá réplicas nos dias 15 e 16 de Maio, nos três municípios de Santo Antão.
LN/JMV
Inforpress/Fim
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