Cidade da Praia, 09 Abr (Inforpress) – O ministro da Saúde garantiu hoje que a precariedade laboral no sector da saúde “tem os seus dias contados” e que o PCFR dos médicos e enfermeiros está totalmente absorvido pelos sindicatos e no processo de negociação definitiva.
Jorge Figueiredo deu estas garantias quando respondia às perguntas dos deputados ao Governo relativamente ao sector da saúde, no período da tarde, do primeiro dia da primeira sessão plenária de Abril.
“A situação de precariedade que se vive na saúde tem os seus fins contados. Neste momento, o Governo já se sentou com os sindicatos e no próximo dia 11, pelas 10 horas, iremos ter um encontro definitivo sobre o Plano de Carreira, Funções e Remunerações (PCFR) dos médicos e enfermeiros”, declarou.
Além do PCFR dos médicos e enfermeiros estar totalmente absorvido pelos sindicatos, avançou Jorge Figueiredo, a situação laboral dos técnicos auxiliares de diagnóstico e terapêuticas estará totalmente resolvida,
“Faremos um último encontro e o documento dos médicos e enfermeiros estará totalmente resolvido. Também dos técnicos auxiliares de diagnóstico e terapêuticas já estão totalmente absorvidos pelos sindicatos. Estamos neste momento à espera de uma apreciação do Ministério da Administração Pública para se juntar aos PCFR dos médicos e enfermeiros e serem também encaminhados para o Conselho de Ministros”, afiançou.
Acrescentou ainda que o dos restantes técnicos será entregue até ao final deste mês e que os quatro mil profissionais que laboram no Ministério da Saúde serão absolutamente contemplados, cuja situação de precariedade será resolvida do ponto de vista salarial.
“O médico de qualquer das classes terá um aumento significativo do seu vencimento e passará a ser o PCFR atrativo para os profissionais de saúde. Finalmente a questão do subsídio de risco também é contemplado no PCFR na lógica de que todos aqueles profissionais da saúde serão contemplados, aqueles que têm contactos directo de risco com o subsídio de risco de 13 mil escudos”, garantiu.
No que se refere à resolução do problema relacionado com déficit dos recursos humanos nos hospitais regionais, o ministro da Saúde lembrou que a situação resulta do crescimento em termos das infraestruturas nos últimos anos, da complexidade dos equipamentos colocados e da demanda cada vez maior de recursos humanos.
“Já fizemos um estudo exaustivo de todo pessoal médico e paramédico que ainda está fora do sistema de saúde, já identificamos cerca de 16 especialistas e 35 médicos clínicos gerais que serão absorvidos muito rapidamente ainda dentro do PCFR. Por outro lado, iremos continuar ainda um pouco dependente de médicos estrangeiros com base na cooperação”, frisou, informando que o Ministério da Saúde prevê a contratação de cerca de 60 especialistas cubanos que irão cobrir as necessidades dos hospitais centrais.
Questionado ainda pelos deputados sobre a problemática de transferências internas de doentes, adiantou que o Ministério da Saúde está a trabalhar “seriamente” e na fase final da concretização e aquisição de um avião da guarda costeira, devidamente preparado, para responder às demandas das transferências internas no país.
CM/JMV
Inforpress/Fim.
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