
Ribeira Grande, 04 Nov (Inforpress) – A formação feminina de futsal de Mão para Trás assinala hoje um ano de existência, marcado por conquistas desportivas e trabalho comunitário, reforçando o compromisso com a promoção da igualdade de género e o desenvolvimento do desporto local.
Em declarações à Inforpress, a presidente da equipa, Maria Rocha, recordou que o projecto nasceu da iniciativa de três jovens de Mão para Trás, movidas pelo sonho de representar esta comunidade de Santo Antão no desporto feminino, criar oportunidades para as raparigas da zona e inspirar novas gerações de atletas.
“Queríamos dar voz e espaço às mulheres no futsal e no futebol, e mostrar que também temos talento, capacidade e determinação”, afirmou.
Com o lema “Juntos em prol do desporto para a nossa comunidade”, o grupo segundo a dirigente rapidamente se afirmou, reunindo jogadoras não só de Mão para Trás, mas também de diversas localidades do concelho da Ribeira Grande, reforçando o seu peso e alcance dentro do município.
Apesar do entusiasmo e apoio comunitário, Maria Rocha evidenciou que o caminho não tem sido fácil.
“Desde o início enfrentámos vários desafios, sobretudo pela falta de um espaço adequado para treinos. Muitas vezes temos de nos deslocar e isso cria custos acrescidos, principalmente ao nível do transporte”, explicou.
Segundo a mesma fonte, para garantir a sustentabilidade do projecto, a equipa criou fichas de sócios e tem contado com o apoio de moradores da comunidade, tanto residentes no país como emigrantes.
“A união da comunidade tem sido essencial. Sentimos orgulho em ver que acreditam em nós”, reforçou.
Além da vertente competitiva, o grupo tem desenvolvido acções sociais, como visitas comunitárias e campanhas de sensibilização.
A presidente evidenciou que o projecto vai muito além da vertente desportiva, sublinhando o compromisso com a inclusão, a promoção da participação feminina e o combate aos estereótipos de género.
“Queremos que as jovens sintam que o desporto também lhes pertence”, afirmou.
Maria Rocha afirmou que, apesar de ser um projecto recente, a equipa já alcançou resultados de relevo, a estreia competitiva aconteceu em São Vicente, com um segundo lugar, seguida de várias participações em torneios locais, na maioria das quais conquistaram o primeiro lugar.
“Essas vitórias mostram que, com esforço e união, podemos ir longe. Mas o mais importante é o impacto que estamos a ter na vida das meninas e da nossa comunidade”, salientou.
Para o futuro, a presidente ambiciona a construção de melhores condições de treino e o reforço de projectos sociais.
“Queremos continuar a crescer dentro e fora das quatro linhas”, finalizou.
LFS/ZS
Inforpess/Fim
Partilhar