Cidade da Praia, 07 Nov (Inforpress) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde defendeu hoje a inclusão da saúde na política de todos os ministérios e departamentos do Governo como o melhor caminho para prevenir as causas e problemas associados à saúde.
A representante da OMS em Cabo Verde, Edith Pereira, falava na abertura do 5º Congresso Nacional de Investigação em Saúde (CNIS), na Praia, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) sob o tema “Investigação Científica e as Prioridades em Saúde Mental”.
“A investigação oferece um poder dinâmico para superar os desafios contextuais do país, temos o método científico do nosso lado e desenvolvemos as evidências e argumentos convincentes como resultado”, disse, advogando ser preciso pesquisas científicas e operacionais para dar respostas às intervenções existentes com maior impacto e orientar de acordo com o meio sanitário que encontra.
Na sua intervenção, Edith Pereira referiu ao desafio lançado aos líderes políticos pela Comissão para os Determinantes Sociais da Saúde de incluir a saúde na política de todos os ministérios e departamentos do Governo, que, no entender da OMS, seria também o melhor caminho para equidade e para prevenir as causas e os problemas de saúde e suas origens.
Segundo a representante da OMS, os desafios mundiais que impactam a saúde da população levam a reflectir que o mundo precisa de "tipos certos" de pesquisas em saúde para apoiar na resolução dos problemas.
Os desafios globais das emergências sanitárias, segundo Edith Pereira, têm mobilizado esforços, aumentando a capacidade de intervenção e resposta sobretudo no que diz respeito às vacinas.
Conforme recordou, durante a 65º sessão do Comité Regional da OMS para a África adoptou-se a “Resolução de Investigação para a Saúde: Uma estratégia para a região horizonte 2016-2025”, que visa promover o desenvolvimento de sistemas de investigação nacional em saúde, gerando conhecimento científico para orientar a disponibilização de prestação dos serviços de saúde.
Uma estratégica, explicou, que tem como objectivo reforçar a cultura de investigação dos Estados-membros, centrar as investigações em necessidades prioritárias, consolidar os sistemas nacionais de investigação, promover as boas práticas e fortalecer a ligação entre a investigação, a saúde, as políticas e as práticas.
Na primeira avaliação realizada em 2021 em comparação com a levada a cabo em 2014, avançou Edith Pereira, ficou em evidência o desempenho regional dos sistemas nacionais em investigação no sector da saúde, resultando em melhorias em todos os indicadores.
Os países desenvolveram agendas de investigação, aumentando assim a proporção dos mecanismos de coordenação, o financiamento, salientando que esses esforços irão contribuir ainda mais para a melhoria dos indicadores.
Apesar dos avanços, a OMS acredita serem necessárias pesquisas científicas e operacionais para dar respostas às intervenções existentes, com impacto maior na orientação de acordo com o meio sanitário e a realidade de cada região.
LT/CP
Inforpress/Fim
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