Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – A secretária de Estado do Fomento Empresarial, Adalgisa Vaz, disse hoje que é preciso fazer mais “esforços” para acelerar o empreendedorismo feminino no país, por considerar que 71% das empresas em Cabo Verde são chefiadas por homens.
Apesar deste desafio, acredita que nos próximos anos Cabo Verde pode registar o movimento “mais acelerado” de mulheres empreendedoras, porque, conforme explicou, actualmente há um eco-sistema “mais consolidado” para acompanhar essa integração económica das mulheres.
A governante falava à margem da cerimónia de encerramento do projecto “Empoderamento de Mulheres e Meninas em Cabo Verde, “promovido pela Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV), que aconteceu, na cidade da Praia.
Por outro lado, disse que as mulheres e meninas em Cabo Verde têm tido "ganhos significativos", a nível de formação e na área económica, considerando que o Governo tem trabalhado "melhor" para integrá-las.
“Essas mulheres têm acompanhamento, seja através da Pró-empresa, que tem uma componente com diferenciação positiva, a favor das mulheres, em todos os programas, e tem atendido, em média, trezentas mulheres por ano”, sublinhou.
Destacou igualmente ganhos, no âmbito da formação profissional em que no Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) tem-se verificado uma “adesão forte” das mulheres, a nível de programas de formação.
“Nos últimos três anos, cerca de 2.500 mulheres por ano foram integradas nas formações desta instituição. E este ano se verificou um número significativo de mulheres que participaram das formações, sendo que 3.500 beneficiaram das formações”, relatou.
Para reforçar as políticas neste sector, avançou que o Governo tem ainda vários instrumentos financeiros e não financeiros para acompanhar as mulheres neste percurso e jornada de integração para o desenvolvimento, em vários sectores, nomeadamente, economia azul, pescas, agricultura e empreendedorismo.
A governante lembrou que os micro empresários com volume de negócio até mil contos não pagam imposto, e tem benefício para os seus trabalhadores e chefes dessas empresas.
A embaixadora dos Estados Unidos da América, Jennifer Adams, por seu lado, apontou que apesar desses desafios, Cabo Verde, tem uma posição “melhor” a nível económico e social em relação a outros países que estão enfrentando a crise actualmente.
“Mesmo assim, eu acho que os cabo-verdianos devem reconhecer os desafios que existem e continuarem a trabalhar para melhorar, sobretudo o acesso ao trabalho digno”, salientou.
Reiterou o compromisso desta entidade em apoiar os parceiros no trabalho para o desenvolvimento da integração das mulheres neste país em vários sectores.
“Essa organização continua a apoiar na igualdade de género e empoderamento das mulheres em Cabo Verde, juntos para construir um futuro para que as mulheres e as raparigas consigam ter acesso a oportunidades”, disse.
DG/ZS
Inforpress/fim
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