Cidade da Praia, 02 Mai (Inforpress) – O secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, disse hoje que é uma “boa notícia” a subida de 11 pontos do país no ranking internacional sobre a liberdade de imprensa, divulgado hoje pela Repórteres sem Fronteiras.
“É com humildade e com sentido de responsabilidade que recebemos esta boa notícia”, afirmou o governante, acrescentando que isto é um “sinal encorajador” para o Governo, para Cabo Verde, mas também para os profissionais da comunicação social.
Recordou que o arquipélago estava na posição 41 a nível mundial em 180 países e, hoje, a “boa notícia” é que Cabo Verde se encontra na 30.ª posição em todo o mundo.
Congratulou-se, ainda, com o facto de o país se classificar em terceiro lugar a nível do continente africano, atrás da África do Sul e da Namíbia.
Para Lourenço Lopes, esta classificação “orgulha Cabo Verde”, além de “prestigiar a nossa democracia e os profissionais da imprensa livre”.
A liberdade de imprensa, acrescentou, é “uma construção colectiva, algo que se constrói em conjunto todos os dias, é um desafio ingente, é um desafio permanente”.
“Estamos todos desafiados, o governo, os partidos políticos, as organizações da sociedade, mas sobretudo os profissionais da comunicação social nesta árdua caminhada, percurso da afirmação de uma plena liberdade de imprensa em Cabo Verde”, indicou o governante.
Lourenço Lopes fez estas considerações à margem do acto de abertura de uma conferência alusiva ao Dia da Liberdade de Imprensa promovida pela Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (Ajoc).
“Como costuma dizer o primeiro-ministro nós não devemos vangloriar quando subimos nos rankings da liberdade de imprensa, nem devemos declarar luto quando descemos nos rankings da liberdade de imprensa”, sublinhou Lopes.
Para o governante, o sector da comunicação social é uma “área de soberania”.
“Somos pelo autogoverno dos órgãos de comunicação social, sejam eles públicos, a Inforpress e a RTC, sejam os órgãos privados”, lançou Lopes.
Dos profissionais da comunicação social, sublinhou, “nós não esperamos em nenhum momento simpatia, porque nós entendemos que a imprensa livre deve escrutinar o poder político, deve escrutinar a sociedade”.
“A única coisa que nós esperamos dos jornalistas, dos profissionais da comunicação social, é que sejam verdadeiramente livres, isentos e que promovam o pluralismo e o exercício do contraditório”, concluiu.
LC/AA
Inforpress/Fim
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