Cidade da Praia, 21 Nov (Inforpress) - O reitor da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), Arlindo Barreto, considerou hoje que a instituição tem apostado "fortemente" na investigação, com elaboração de vários projectos, visando passar de uma universidade de ensino para uma universidade virada a investigação.
Arlindo Barreto falava aos jornalistas, momentos antes, de presidir à cerimónia de celebração do 18º aniversário da Universidade de Cabo Verde, que, a seu ver, desde a sua criação tem dado “passos significativos” com um aumento considerável da diversificação dos cursos, com o aumento da formação dos docentes e também na capacitação do pessoal técnico-administrativo.
Para o reitor da universidade pública, a investigação é um “pilar central”, de uma universidade, por isso, conforme explicou, a Uni-CV tem apostado “fortemente” na investigação, buscando parcerias para ultrapassar os desafios concernentes à sua sustentabilidade.
“A investigação exige recursos, sem esses recursos nós não temos laboratórios, não temos acervos bibliotecários e, portanto, nós temos estado com parcerias, com projectos, temos estado a dar volta a isso”, assegurou.
Na ocasião destacou a elaboração do projecto que já está em curso, o projecto Ciência Cidadã que tem por objectivo ajudar os agricultores a identificarem as pragas.
Destacou ainda, a criação do projecto “Cafuca”, que, segundo disse, visa a utilização de painéis fotovoltaicos para a iluminação, servindo as pessoas que habitam em comunidades sem electricidade.
Por seu turno, o ministro da Educação, Amadeu Cruz, afirmou que a Universidade de Cabo Verde, sendo uma universidade pública, não enfrenta a problemática da sustentabilidade, porque, conforme disse, esta instituição é sustentada pelo Estado de Cabo Verde.
“O Orçamento do Estado contempla verbas para o funcionamento da Universidade de Cabo Verde, os gastos de funcionamento estão dentro dos níveis que nós consideramos aceitáveis, naturalmente que a Universidade exige sempre mais, mas o Estado também está de acordo que é preciso dar mais, mas em função das possibilidades do próprio país”, frisou o ministro.
Entretanto, Amadeu Cruz considerou que é preciso rever o sistema de financiamento tanto das Universidades Públicas como das Privadas, garantindo assim uma universidade mais sólida e capaz de responder aos desafios de desenvolvimento de Cabo Verde.
O governante informou ainda que já estão a trabalhar em conjunto com a reitoria para ver se, no próximo ano, a Universidade de Cabo Verde passa a ter a Faculdade de Ciências Médicas.
A Universidade de Cabo Verde foi criada a 20 de Novembro de 2006, resultou da integração de três instituições de ensino superior pré-existentes: o Instituto Superior de Educação (ISE), o Instituto Superior de Engenharia e Ciências do Mar (ISECMAR) e o Instituto Nacional de Administração e Gestão (INAG).
CT/PC//ZS
Inforpress/Fim
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