Cidade da Praia, 25 Set (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva defendeu, esta quarta-feira, em Nova Iorque, a necessidade de se "tornar o terreno político e social menos fértil à autocracia, ao populismo, ao extremismo e à degradação dos valores éticos”.
Ulisses Correia e Silva manifestou esta preocupação durante a mesa redonda “Em defesa da democracia: combate ao extremismo” realizada à margem da 80.ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Sublinhou que “a democracia está em combate permanente para a sua afirmação” e que na era do digital, da inteligência artificial (IA) e da expansão da pós-verdade, torna-se ainda mais duro este combate.
“Só o funcionamento das instituições e do primado da lei não é suficiente”, admitiu o governante, salientando que “a fractura social em questões como o nacionalismo, a imigração e a segurança expande-se com muito maior facilidade nesta nova era”.
“Há um anti-sistema que luta para impor um sistema que elimina a fronteira entre a democracia e a autocracia. Eliminando essa fronteira, a autocracia prevalecerá. Eliminando a fronteira entre a verdade e a mentira, a mentira prevalecerá. Eliminando a fronteira entre o bem e o mal, o mal prevalecerá. Estes são os grandes desafios dos nossos tempos”, realçou.
Admitindo que “nenhum país está imune ao movimento anti-sistema”, o primeiro-ministro reconheceu que “o papel das NU empoderada, é importante como regulador global”, razão pela qual considerou que “este movimento da esquerda é importante”, assim como “o movimento da direita comprometida com os valores da liberdade e da
“Do nosso ponto de vista, é preciso instaurar confiança nos cidadãos, empoderar os cidadãos, produzir resultados para as pessoas, com particular foco nos jovens. Produzir e disseminar esperança nos jovens, de que é muito melhor viver em liberdade e democracia do que em autocracia e autoritarismo”, esclareceu.
Mais do que palavras, explicitou, é preciso efeito demonstração permanente, porque o anti-sistema está aí para mostrar que estamos errados, porquanto “ele alimenta-se da insatisfação, produz insatisfação com intencionalidade”.
O Chefe do Governo enumerou a regulação das migrações com equilíbrio e a inflação que afecta o rendimento do trabalho, a redução da pobreza, combater com eficácia a corrupção e a percepção de corrupção, a criação de uma disrupção de oportunidades para os jovens a nível do emprego e da habitação acessível, como algumas das soluções para o reforço da confiança dos cidadãos.
SR/HF
Inforpress/Fim
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