Transição da economia informal para a formal é prioridade para os sindicatos em Cabo Verde – UNTC-CS

Cidade da Praia, 25 Nov (Inforpress) – A secretária-geral da UNTC-CS disse hoje na Praia que a transição da economia informal para a formal é um dos principais focos dos movimentos sindicais no país, especialmente após os desafios impostos pela pandemia. 

Joaquina Almeida, na qualidade de secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde (UNTC-CS), falava aos jornalistas no âmbito da formação de formadores das centrais sindicais nacionais sobre a transição da economia informal para a formal.

O evento é organizado pela Form@empresa, uma iniciativa financiada pelo Grão-Ducado de Luxemburgo e implementada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A secretária-geral destacou a relevância da formação e o papel fundamental das centrais sindicais na consciencialização dos trabalhadores informais.

"Este projecto é uma grande oportunidade para sensibilizar os trabalhadores informais sobre os benefícios da formalização e ajudá-los a entender o processo, que é complexo e gradual", afirmou Joaquina Almeida, enfatizando que a formalização trará acesso à protecção social, previdência e outros direitos fundamentais para os trabalhadores.

A secretária-geral da UNTC-CS reconheceu que a transição para a formalidade é um “desafio significativo”, especialmente num contexto de “elevada informalidade”, em que seis em cada dez trabalhadores, e oito em cada dez empresas no mundo operam de forma informal.

"É um processo que requer a consciencialização de todos os actores sociais, especialmente dos trabalhadores, dos sindicatos e, claro, do Governo, que deve implementar políticas públicas eficazes", declarou.

A sindicalista ressaltou a importância de formar novos líderes sindicais para dar continuidade ao trabalho de sensibilização e apoio aos trabalhadores informais.

"Precisamos de apostar nos jovens, dar-lhes as ferramentas necessárias para liderar o movimento sindical no futuro", precisou, acrescentando que embora o esforço da UNTC-CS “seja crucial”, o apoio do Governo “é indispensável” para superar as barreiras burocráticas que dificultam a formalização da economia informal.

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