Mindelo, 08 Out (Inforpress) – A 7.ª edição do festival internacional de cinema do Mindelo Oiá acontece de 11 a 20 e presta homenagem ao cineasta brasileiro Joel Zito Araújo que serve de “esperança e referência” aos jovens cabo-verdianos.
A decisão deste tributo tem como base todo o percurso feito pelo cineasta em defesa dos direitos dos negros no Brasil, segundo informações do director do festival, Tambla Almeida, à Inforpress.
Por outro lado, conforme a mesma fonte, Joel Zito Araújo através de suas “lutas e conquistas” significa um elemento de esperança e referência para que “a juventude cabo-verdiana permaneça animada em prosseguir os seus objectivos”.
Isto porque, considerou Tambla Almeida, ainda não se viu cineasta tal como ele que produza tanto sobre o cinema negro.
Neste sentido, o festival Oía, marcado para principiar nesta sexta-feira, 11, arranca com o filme “Retrato a Preto e Branco” de Joel Zito Araújo, a simbolizar o percurso de conquistas e de afirmação do director.
Nesta sétima edição, sob o lema “Internacionalização e crioulidade”, o foco, explicou Tambla Almeida, vai estar voltado para o incentivo a pessoas a visitarem as salas de cinema.
Por isso, que, contrariamente ao ano passado em que o evento foi dedicado mais a mostras em localidades periféricas do Mindelo, agora em 2024 se volta para o centro da cidade com apresentações na Baía do Porto Grande, no Centro Cultural do Mindelo (CCM) e Universidade do Mindelo (Uni-Mindelo).
“De facto, o desafio de exibição de filmes dos quatro cantos do planeta é a maior meta que o Oiá já se propôs, e um conjunto de diálogos e compromissos de parceria vem sendo tecidos para uma realização bem-sucedida a vários níveis”, sustentou o director do festival.
A mostra de 2024, conforme a mesma fonte, terá selecção de filmes de diversos países entre estes Cabo Verde, Brasil, Senegal, Gana, Angola, Nigéria, que exploram diversos géneros, desde dramas, documentários, além de sessões de mostra infantil e curtas e longas metragens.
Entre os dias 11 e 20 vão estar, no Mindelo, directores emergentes como Yuri Ceunink, Ery Claver, Samira Vera-Cruz, a produtora Maguette Betty Danfakha e ainda o cineasta homenageado, Joel Zito Araújo, do Brasil.
Para além de exibição de filmes, a programação contempla ainda a exposição “Luz d´Zona” da fotógrafa cabo-verdiana Queila Fernandes e ainda outras actividades paralelas.
LN/ZS
Inforpress/Fim
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